1º Intercâmbio Nacional da Rede Favela Sustentável Amplia Saberes e Tece Sustentabilidade Entre Favelas, Quilombos e Aldeias [VÍDEO]
No dia 6 de junho de 2023, 155 mobilizadores comunitários e aliados de 12 estados brasileiros—Bahia, Ceará, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina e São Paulo—se reuniram online para participar do 1° Intercâmbio Nacional da Rede Favela Sustentável: Tecendo Sustentabilidade e Ampliando Saberes, com Favelas, Quilombos e Aldeias, com mobilizadores e moradores que, em homenagem à semana mundial do meio ambiente, se uniram para pautar a sustentabilidade pelas suas próprias vozes e vivências.
▶ Veja o vídeo: bit.ly/IntercambioNacionalRFSYouTube
🔗 Leia a matéria completa: bit.ly/IntercambioNacionalRFS2023ROW
1o Intercâmbio Nacional da Rede Favela Sustentável (Português)
No dia 06 de junho aconteceu o primeiro Intercâmbio Nacional da Rede Favela Sustentável, com a presença de 155 pessoas, de 23 estados e 09 países, no Zoom. Contamos com mobilizadores de seis estados do Brasil—Bahia, Pará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo—além da grande rede de mobilizadores comunitários das favelas do Grande Rio trocando sob o tema: Tecendo Sustentabilidade e Ampliando Saberes com Favelas, Quilombos e Aldeias.
Veja quem foram os convidados especiais, suas comunidades e projetos:
Almir Narayamoga Suruí — Projeto de Carbono Suruí — Terra Indígena Sete de Setembro, em Cacoal, RO
Ben Hur Flores — Projeto Anjos e Querubins –– Pelotas, RS
Jam Sankofa — AfroCiclos — Salvador, BA
'Lia Esperança' (Maria de Lourdes Andrade de Souza) — Vila Nova Esperança, São Paulo, SP
Maria Luiza Nunes — Quilombo Boca da Mata, Ilha do Marajó, PA
'Tata Luandenkossi' (Marinho Rodrigues) — Grupo de Preservação da Cultura Negra Dilazenze e a Associação Gongombira de Cultura e Cidadania – Ilhéus, BA
'Ticote' (Francisco Xavier Sobrinho) — Associação de Moradores do Pouso da Cajaíba — Cajaíba, Paraty, RJ
O evento contou com uma roda de apresentações dos sete convidados, uma roda de debates a partir de quatro eixos: 1) Justiça Climática, 2) Moradia Sustentável, 3) Soberania Alimentar e 4) Educação Socioambiental e uma roda cultural, que finalizou o encontro.
A fim de democratizar o evento, contamos com interpretação simultânea para telespectadores em inglês e espanhol.
5ª Roda de Memória Climática das Favelas no Núcleo de Memórias do Vidigal: ‘As Pessoas Precisam Morar!’ [IMAGENS]
Confira a imperdível série de matérias que resumem a dinâmica da roda de memória realizada, em cinco museus comunitários, que compõe a exposição.
Leia a matéria da emocionante roda realizada pelo Núcleo de Memórias do Vidigal, na Zona Sul do Rio, onde os riscos climáticos mesclam com especulação imobiliária e uma história deturpada de remoções, sob um território muito amado e querido pelos seus moradores.
Participantes da Roda de Memória Climática, no Vidigal. Foto: Alexandre Cerqueira
“Cheguei em 1959. A comunidade aqui era uma mata. A gente respirava um ar puro, da montanha. O tempo foi passando, as pessoas precisam de casa. Da minha janela eu vejo. O que era mato mato mato virou casas. O povo teve que morar! As pessoas precisam morar! Meus filhos vão morar onde? No Leblon não pode. Então, tem que ser aqui. Tiro mais uma árvore. Menos uma árvore. Menos um ar puro para respirar.” — Armando Almeida Lima
As Rodas de Memória Climática têm como objetivo resgatar e registrar as memórias e histórias que guardam os moradores de longa data das favelas do Rio de Janeiro, sobre o tema do clima, para que possamos enxergar formas de nos preparar para as mudanças climáticas que estão por vir. O tema tradicionalmente é raramente abordado, apesar de, como mostraram as rodas, ser muito presente no cotidiano das favelas.
4ª Roda de Memória Climática das Favelas no Museu de Favela, PPG: ‘A Gente Tem que Transformar Nossa Relação com o Lixo’ [IMAGENS]
Confira a imperdível série de matérias que resumem a dinâmica da roda de memória realizada, em cinco museus comunitários, que compõe a exposição.
Leia a matéria da reveladora roda realizada pelo Museu de Favela MUF no Pavão-Pavãozinho/Cantagalo na Zona Sul do Rio, onde o impacto do lixo, junto dos eventos climáticos cada vez mais intensos, é a preocupação que reina.
Colaboradores e educadores sociais integram a Roda de Memória Climática no PPG. Foto: Alexandre Cerqueira
“Não foi exatamente a caixa d’água que desabou (em 1983). Foi o lixo. O pessoal fez uma montanha de lixo lá em cima [já que não havia serviço de coleta pública] e ela desabou… No mesmo lugar, repetiram essa montanha e ela caiu de novo. Essa montanha, que não tinha que tá lá, foi levada pela chuva forte… [a enxurrada] levou uma pedrona no caminho, e essa pedra bateu na caixa d’água, que se movimentou um pouco, e fez com que as caixas abaixo dela descessem também.” — Márcia Souza
“Todo dia eu faço a minha realidade acontecer. Sábado, domingo, feriado. É todo dia o trabalho. Tenho vergonha de ver um turista aqui e ter lixo e cocô no chão, esgoto aberto, esgoto vazando, rato de dia e de noite… O poder público sobe as favelas do Rio, mas porque não resolve? Estamos discutindo esse tema com pessoas aqui de 70 anos, 85 anos. E não sei por quantos anos lá na frente vai ter gente falando. E o poder público nada faz." — Nivaldo Moura
As Rodas de Memória Climática têm como objetivo resgatar e registrar as memórias e histórias que guardam os moradores de longa data das favelas do Rio de Janeiro, sobre o tema do clima, para que possamos enxergar formas de nos preparar para as mudanças climáticas que estão por vir. O tema tradicionalmente é raramente abordado, apesar de, como mostraram as rodas, ser muito presente no cotidiano das favelas.
3ª Roda de Memória Climática das Favelas do NOPH em Antares, Santa Cruz: ‘Não Era Para Ninguém Ficar Aqui, Foi Passando 40 Anos, Não Tomaram Providência’ [IMAGENS]
Confira a imperdível série de matérias que resumem a dinâmica da roda de memória realizada, em cinco museus comunitários, que compõe a exposição.
Leia a matéria da emocionante roda realizada pelo NOPH - Núcleo de Orientação e Pesquisa Histórica de Santa Cruz na comunidade de Antares, em Santa Cruz, uma comunidade que nasceu de remoções relatadas nas rodas anteriores, e que foi inicialmente contemplada como moradia provisória, de triagem. Porém, fica em uma bacia que historicamente, sempre, alagava. O que não vem melhorando com as mudanças climáticas.
Participantes e realizadores da 3ª Roda de Memória Climática, em Antares. Foto: Alexandre Cerqueira
“Sofri muito neste local aqui. Perdi tudo na minha casa, teve enchente. Não tinha água, não tinha luz… mas eu amo muito Antares.” — Leny Martins
“Sofri várias enchentes, perdi tudo. Mas, tô aqui de pé, na luta aqui de novo. Guerreiro não morre… guerreiro vive!” — Vera Lucia Rodrigues
As Rodas de Memória Climática têm como objetivo resgatar e registrar as memórias e histórias que guardam os moradores de longa data das favelas do Rio de Janeiro, sobre o tema do clima, para que possamos enxergar formas de nos preparar para as mudanças climáticas que estão por vir. O tema tradicionalmente é raramente abordado, apesar de, como mostraram as rodas, ser muito presente no cotidiano das favelas.
2ª Roda de Memória Climática das Favelas no Museu Sankofa, Rocinha: ‘Quando o Coletivo Resolve Lutar Junto, o Coletivo Vence’ [IMAGENS]
Confira a imperdível série de matérias que resumem a dinâmica da roda de memória realizada, em cinco museus comunitários, que compõe a exposição. Esta segunda matéria apresenta a roda imperdível realizada pelo Museu Sankofa Rocinha - Memória e História, contando com parceiros do A Rocinha Resiste, Rocinha Sem Fronteiras, Jornal Fala Roça, entre outros.
Participantes da 2ª Roda de Memória Climática, na Rocinha.
“Isso aqui que estamos fazendo é uma troca de saberes. As disputas políticas internas existem. Vão existir sempre. [Mas] quando o coletivo resolve lutar junto, o coletivo vence. Nós paramos a remoção da Rocinha. Conquistamos a saúde. Com uma luta coletiva, conseguimos o CIEP, o metrô. Fizemos praticamente uma luta de classes. Foi dedo na cara dos bacanas… A Rocinha tem saberes coletivos.” — Antonio Xaolin
As Rodas de Memória Climática têm como objetivo resgatar e registrar as memórias e histórias que guardam os moradores de longa data das favelas do Rio de Janeiro, sobre o tema do clima, para que possamos enxergar formas de nos preparar para as mudanças climáticas que estão por vir. O tema tradicionalmente é raramente abordado, apesar de, como mostraram as rodas, ser muito presente no cotidiano das favelas.
1ª Roda de Memória Climática das Favelas no Museu da Maré: ‘A Palafita [foi] uma Estratégia de Sobrevivência, Um Saber’
Confira a imperdível série de matérias que resumem a dinâmica da roda de memória realizada, em cinco museus comunitários, que compõe a exposição.
Leia a matéria da primeira roda, realizada pelo Museu da Maré, em janeiro, com a participação de 57 pessoas, entre os mais antigos do Complexo da Maré, até os mais jovens, alguns deles representantes de importantes coletivos mareenses, como o Ceasm Mare, Cocozap Maré, Muda Maré e Raízes da Mata, entre outros.
Participantes da 1ª Roda de Memória Climática, no Complexo da Maré. Foto: Alexandre Cerqueira
As Rodas de Memória Climática têm como objetivo resgatar e registrar as memórias e histórias que guardam os moradores de longa data das favelas do Rio de Janeiro, sobre o tema do clima, para que possamos enxergar formas de nos preparar para as mudanças climáticas que estão por vir. O tema tradicionalmente é raramente abordado, apesar de, como mostraram as rodas, ser muito presente no cotidiano das favelas.
Novo Mapa da Rede Favela Sustentável Torna Visível Proporção das Soluções Socioambientais de Favelas [IMAGENS]
Unidos sob a perspectiva das favelas como fontes de soluções e de sustentabilidade, a Rede Favela Sustentável atualmente conta com 195 integrantes lideranças de 127 favelas fluminenses e 232 aliados técnicos e voluntários de diversas instituições e movimentos.
O novo Mapa da Rede Favela Sustentável acaba de ser lançado com 120 projetos em 183 favelas na Grande Rio, através de uma plataforma mais interativa, com a possibilidade de pesquisa, calculadora e filtros.
É possível, por exemplo, fazer uma busca precisa pelos projetos da RFS liderados por mulheres, com mão de obra 100% voluntária e focado em um Objetivo de Desenvolvimento Sustentável específico, ou um eixo temático específico da RFS, ou que atuaram durante a pandemia.