IMPERDÍVEL! EXPOSIÇÃO "Memória Climática das Favelas", da Rede Favela Sustentável, aberta ao público no Museu da Maré de 03/05 até 30/07!
Lançamento com programação ampla: Sábado, 03 de maio de 2025, 08:30h - 17:00h
Visitação: 05 de maio a 30 de julho de 2025 (consulte horários do @museudamare)
💭 A Exposição foi elaborada coletivamente a partir do conhecimento produzido em dez grandes rodas de conversa, realizadas em dez favelas da capital fluminense, entre 2023 e 2024: Museu da Maré (Maré), Museu Sankofa (Rocinha), Núcleo de Orientação e Pesquisa Histórica de Santa Cruz (Antares), Museu de Favela (Pavão-Pavãozinho/Cantagalo), Núcleo de Memórias do Vidigal (Vidigal), Alfazendo (Cidade de Deus), Centro de Integração da Serra da Misericórdia (Complexo da Penha), Museu do Horto (Horto), Fala Akari (Acari) e Conexões Periféricas (Rio das Pedras). Esses encontros foram organizados por onze museus e núcleos de memória integrantes da Rede Favela Sustentável, junto de aliados técnicos.
A exposição de Memória Climática das Favelas é potência. Traz conhecimentos inusitados e demarca as favelas como centrais nas discussões sobre mudanças climáticas e o futuro que queremos.
Apoio: ClimateWorks Foundation, Instituto Clima e Sociedade (iCS), re:arc, e Përɨsɨ/UFF.
🗓 Lançamento: 03 de maio | Período de visitação: 05 de maio a 30 de julho de 2025
📍 Museu da Maré | Av. Guilherme Maxwell, 26 – Maré - Rio de janeiro / RJ
🎫 Entrada gratuita
🤳🏽 Maiores informações? Faça contato pelo Zap: 21 97253-8748
Mapeamento de Direto ao Saneamento pela Rede Favela Sustentável
📍 Chegou a hora de mapear os projetos de Saneamento das favelas do Grande Rio!💧
Você atua em iniciativas de mutirão de limpeza, reciclagem, compostagem, biodigestor / biossistema, reaproveitamento de materiais, captura de água de chuva, incidência ou vigilância popular pelo direito à água e saneamento ou contra a poluição na sua favela? Seu trabalho busca algum tipo de solução para os desafios do saneamento básico nas favelas?
Se sim, convidamos você a preencher o formulário abaixo.
Participe do novo mapa da Rede Favela Sustentável, que incluirá uma camada focada no
Eixo 8 da RFS - Direito ao Saneamento: Resíduos Sólidos e Água e Saneamento!
🗓 ✍🏽 Responda até o dia 30 de abril, para participar Mapa dos Projetos de Saneamento nas Favelas
Mapeamento de Cultura e Memória Local nas Favelas pela Rede Favela Sustentável
Você atua em iniciativas de museologia social, música, história oral, dança, teatro, cinema, esporte, artes visuais, contação de histórias, sarau, literatura, poesia ou qualquer outra ação que valorize a história e as expressões culturais da sua favela? Seu trabalho busca promover e preservar a cultura, a identidade e a memória da comunidade fluminense? Ou, ainda, você está envolvido com turismo cultural, museus ou projetos/instituições dedicados à preservação da memória das favelas?
Se sim, convidamos você a preencher o formulário abaixo. Participe do novo mapa da Rede Favela Sustentável, que incluirá uma camada focada no Eixo 4 da RFS - Cultura e Memória Local!
A partir das respostas, construiremos um mapa bem completo, unificando todos os nossos trabalhos. Também convidaremos os inscritos para participar do grupo do Eixo de Cultura e Memória Local da Rede Favela Sustentável no WhatsApp.
Importante: garantimos a privacidade máxima dos seus dados pessoais, que nunca serão compartilhados com terceiros ou utilizados para fins além da comunicação direta entre a RFS e você.
É importante destacar que só a primeira parte do formulário inclui perguntas obrigatórias, caso você tenha tempo curto para preenchê-lo.
Porém, se tiver mais tempo, será ótimo saber mais da sua organização e iniciativas pelas páginas subsequentes, respondendo as perguntas que te interessam. Utilizaremos as respostas, sobre suas conquistas e demandas de tal jeito que possamos, além de mapear o seu projeto, realizar ações de apoio e fortalecimento futuro, em rede.
Data é 08 de abril de 2025.
Respondendo ou não as páginas opcionais, não deixe de clicar em 'submit' no final do questionário!
Dúvidas? Entre em contato conosco pelo email rede@favelasustentavel.org.
Mapeamento de Projetos de Saúde Coletiva da Rede Favela Sustentável
Você atua com iniciativa de saúde física ou mental, fisioterapia, terapia, cura, esporte, educação alimentar, ou qualquer outro projeto que visa realizar a saúde coletiva nas favelas fluminenses?
Se sim, convidamos você a preencher o formulário abaixo. Participe do novo mapa da Rede Favela Sustentável, que incluirá uma camada focada na saúde coletiva!
A partir das respostas, construiremos um mapa bem completo, unificando todos os nossos trabalhos. Também convidaremos os inscritos para participar do grupo do Eixo de Saúde Coletiva da Rede Favela Sustentável no WhatsApp.
Importante: garantimos a privacidade máxima dos seus dados pessoais, que nunca serão compartilhados com terceiros ou utilizados para fins além da comunicação direta entre a RFS e você.
É importante destacar que só a primeira parte do formulário inclui perguntas obrigatórias, caso você tenha tempo curto para preenchê-lo.
Porém, se tiver mais tempo, será ótimo saber mais da sua organização e iniciativas pelas páginas subsequentes, respondendo as perguntas que te interessam. Utilizaremos as respostas, sobre suas conquistas e demandas de tal jeito que possamos, além de mapear o seu projeto, realizar ações de apoio e fortalecimento futuro, em rede.
Data ideal para preenchimento é até 28 de fevereiro; data-limite é 15 de março de 2025.
Respondendo ou não as páginas opcionais, não deixe de clicar em 'submit' no final do questionário!
Dúvidas? Entre em contato conosco pelo email rede@favelasustentavel.org.
Agenda Coletiva 2025: Inclusão de Eventos dos Integrantes da Rede Favela Sustentável Abertos ao Público
A Agenda Coletiva da Rede Favela Sustentável será um espaço colaborativo para reunir e divulgar ações e eventos de projetos integrantes. O objetivo é facilitar o compartilhamento de informações e fortalecer o engajamento entre nós, organizações, mobilizadores comunitários e aliados técnicos integrantes da RFS.
Como funciona?
Será montada uma agenda unificada com as atividades incluídas pelos integrantes da RFS. Este formulário ficará sempre aberto, para que possam incluir seus eventos a nossa Agenda Coletiva, aumentando a visibilidade das ações entre a RFS e com o público, incentivando a participação e o apoio de pessoas interessadas em somar esforços, e facilitando a escolha de datas para as suas atividades.
A Agenda Coletiva pretende ajudar a organizar e é mais uma fonte de visibilidade às atividades dos integrantes da rede. Essa ferramenta pode contribuir para evitar sobreposições de eventos, fomentar o trabalho conjunto e potencializar o impacto das ações realizadas.
O que os integrantes irão divulgar?
Eventos públicos, como oficinas, mutirões, festas, feiras, palestras, lançamentos, campanhas, reuniões abertas, etc. A partir da confirmação de data, horário, local e um link nas redes sociais.
Quer cadastrar suas ações?
Se você ainda não faz parte da nossa rede, preencha o formulário de integrantes: http://bit.ly/RFSIntegrantes2024
Se você já faz parte, entre em contato com a gente pelo Whatsapp (+55 21) 97253-8748! Encaminharemos o formulário para cadastrar suas ações no direto!
Favela no Centro das Soluções: Retrospectiva 2024 da Rede Favela Sustentável
Vídeo 2024
2024 foi um ano de conquistas e marcos históricos para a Rede Favela Sustentável!
Completamos o ciclo de 10 Rodas de Memória Climática das Favelas e finalizamos as apresentações locais de dados sobre justiça hídrica e energética em 15 territórios. Esse trabalho culminou em um momento marcante: a presença da Comitiva da RFS Rumo a Brasília pela Energia Justa.
Durante a Semana da Energia, nossas vozes ecoaram em defesa de uma transição energética justa, colocando as favelas no centro das decisões nacionais sobre sustentabilidade e justiça climática. Outro grande destaque foi o 1o Festival Favela Sustentável: Favela no Centro das Soluções, uma celebração inédita do protagonismo das favelas. Com feiras, oficinas, apresentações culturais e atividades gratuitas, o festival mostrou que as favelas produz diversas soluções para um futuro sustentável.
Além disso, 2024 contou com iniciativas como a série de matérias sobre os rios de favelas, oficina de audiovisual para o GT Jovem da RFS, e a sistematização do eixo de soberania alimentar, tivemos destaque na mídia nacional e internacional e nos conectamos com diversos novos parceiros institucionais, nos engajando em eventos importantes, como o 13° Filmambiente, LivMundi e o lançamento da publicação Soluções Baseadas na Natureza nas Periferias.
Assista à nossa retrospectiva de 2024 e reviva esses momentos únicos que marcaram este ano!
SNP e RFS Unem Forças para o Lançamento da Publicação ‘Soluções Baseadas na Natureza nas Periferias’ em Evento Paralelo ao G20 Social
A Rede Favela Sustentável (RFS)*, em parceria com a Secretaria Nacional de Periferias (SNP) do Ministério das Cidades, promoveu, no dia 14 de novembro, o evento de lançamento da publicação Soluções Baseadas na Natureza nas Periferias: Avanços na Regulamentação de Uma Nova Política Pública. Desde outubro de 2023, o Grupo de Trabalho Ampliado de Acompanhamento (GTAA), que contou com o apoio da GIZ Brasil, desenvolveu esse trabalho engajando, além da Rede Favela Sustentável, o Instituto Perifa Sustentável, o Grupo de Pesquisa e Extensão Periférico Grupo Periférico – UNB, Observatório Nacional dos Direitos à Água e ao Saneamento (ONDAS), Aliança Bioconexão Urbana, SEMASA Santo André, Banco Mundial no Brasil, Rede por Adaptação Antirracista, e o pesquisador independente Erich Wolff.
O evento de lançamento no Rio de Janeiro foi realizado no atelier com sua exposição permanente de imagens da história da primeira favela, o Zona Imaginária, no bairro da Gamboa, como atividade paralela ao G20 Social. Com o objetivo de ampliar o diálogo de saberes em torno de uma política pública que incentive a adaptação climática em territórios periféricos, a partir do Programa Periferia Viva, foi um passo importante para a inovação na forma de construções a partir de Soluções Baseadas na Natureza (SBN).
A atividade reuniu experiências práticas de SBN nas favelas, realizadas por integrantes da Rede Favela Sustentável, representados por Alessandra Roque (Providência Agroecológica), Luis Cassiano (Teto Verde Favela) do Parque Arará, Otávio Alves Barros (Cooperativa Vale Encantado), Roberto Fonseca (Horto Natureza) e Alan Brum (Raízes em Movimento) do Complexo do Alemão. Também estiveram presentes Raissa Monteiro (GIZ Brasil), e os Secretários Nacionais Adalberto Maluf (Secretaria Nacional de Meio Ambiente Urbano e Qualidade Ambiental, Ministério do Meio Ambiente e Mudança Climática) e Guilherme Simões (Secretaria Nacional das Periferias, Ministério das Cidades), reforçando o compromisso da União com soluções para o enfrentamento da crise climática em áreas periféricas e de favelas, regiões mais vulneráveis climaticamente.
VEJA COMO FOI A PROGRAMAÇÃO
08:45h - Recepção: Chegada, Acolhimento e Café
09:00h - Abertura: O Que São Soluções Baseadas na Natureza (SBN)?, com Theresa Williamson (Diretora Executiva da Comunidades Catalisadoras), Gisele Moura (Coordenadora da Equipe de Gestão, Rede Favela Sustentável), Sarah Habersack (Diretora de Transformação Urbana da GIZ Brasil), e Luiz Arend (Coordenador no Departamento de Mitigação e Prevenção de Risco, SNP/MCID).
09:30h - Experiências de SBN das Favelas da Rede Favela Sustentável (RFS), com Alessandra Roque (Providência Agroecológica), Luis Cassiano (Teto Verde Favela), Otávio Alves Barros (Cooperativa Vale Encantado), Ana Santos (CEM), Roberto Fonseca (Horto Natureza), e Alan Brum (Raízes em Movimento).
10:30h - Lançamento da Publicação “SBN nas Periferias: Avanços na Regulamentação de Uma Nova Política Pública”, com Luiz Arend Filho, Coordenador no Departamento de Mitigação e Prevenção de Risco, SNP/MCID.
11:00h - Soluções Baseadas na Natureza (SBN) como Política Pública, com Adalberto Maluf (Secretário Nacional de Meio Ambiente Urbano e Qualidade Ambiental, Ministério do Meio Ambiente, pelo Programa Cidades Verdes Resilientes), e Guilherme Simões (Secretário Nacional de Periferias, Ministério das Cidades, pelo SBN nas Periferias).
11:30h - Debate Aberto
12:00h - Encerramento
1º Festival Favela Sustentável ‘Favela no Centro das Soluções’ Recebe 1.100 Pessoas Vivenciando a Potência Socioambiental das Favelas
Aconteceu no sábado, 19 de outubro, o primeiro evento aberto ao público após sete anos de atuação da Rede Favela Sustentável (RFS)*. O 1º Festival Favela Sustentável: Favela no Centro das Soluções reuniu 1.100 pessoas de todo Grande Rio, na Lapa, coração da cidade. O evento contou com 100 atividades gratuitas protagonizadas por mobilizadores de mais de 90 favelas, entre elas intervenções artísticas, oficinas manuais para adultos e crianças, rodas de conversa, exibição de filmes, exposições, estandes, feira, terapias e práticas de cura individuais e coletivas.
A Rede Favela Sustentável se estabeleceu em 2017 e desde então vem ampliando a sua atuação em territórios de favelas e periferias do Grande Rio. Hoje em dia, é formada por 700 integrantes mobilizadores comunitários de mais de 300 favelas e aliados técnicos. A RFS trabalha de forma a integrar a luta pela justiça climática amplificando o potencial das favelas como modelos de comunidades sustentáveis.
No 1º Festival Favela Sustentável (FFS), na Fundição Progresso, estes coletivos de favelas e demais aliados, realizaram um grande encontro, com o foco em soluções socioambientais, num diálogo entre os integrantes da Rede Favela Sustentável e o público geral. Foram numerosas apresentações culturais, oficinas manuais e rodas de conversa, exposições, estandes, feira e terapias de cura coletivas. Conheça aqui a extensa programação que rolou durante um dia inteiro de atividades.
Essa programação reflete uma construção de conhecimentos e de tecnologias ancestrais que vem acontecendo em territórios de favela, o que possibilitou no festival, uma grande troca de experiências. Ao longo do dia, esses territórios se colocaram em evidência, no Centro da cidade, com suas soluções, como locais que elaboram e viabilizam infraestruturas, geram tecnologias, promovem pesquisas e atuam em incidência política nas áreas de justiça climática, educação socioambiental, políticas participativas, cultura e memória local, soberania alimentar, saúde coletiva, economia solidária, saneamento básico, justiça energética, transporte justo e moradia sustentável.
Lançamento da Publicação “Soluções Baseadas na Natureza nas Periferias”
Reforçando a agenda de atividades do G20 Social no Rio de Janeiro, a Secretaria Nacional das Periferias (SNP), do Ministério das Cidades (MCID) promove, em parceria com a Rede Favela Sustentável (RFS), o evento de lançamento da publicação “Soluções Baseadas na Natureza nas Periferias: Avanços na Regulamentação de Uma Nova Política Pública”, elaborada pela SNP.
A RFS integrou o Grupo de Trabalho Ampliado de Acompanhamento - GTAA, colaborando com o trabalho que resultou na publicação a ser lançada, a primeira dedicada a divulgar de forma mais ampla a nova política pública de adaptação climática inclusiva para periferias urbanas.
A publicação foi desenvolvida dentro do Projeto Cidade Presente (DUS),via a Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH, e financiada pelo Ministério Alemão de Cooperação Econômica e Desenvolvimento (BMZ), que colabora com o Ministério das Cidades no fortalecimento das capacidades técnicas em desenvolvimento urbano integrado, sendo abordadas questões como a integração entre setores, integração entre pessoas, integração entre territórios e integração entre cidade e natureza.
O evento, desta forma, busca fortalecer as Soluções Baseadas na Natureza como ação inovadora para melhorar a qualidade urbana e ambiental nas periferias, articulando as iniciativas periféricas, a atuação do Governo Federal e o apoio da GIZ.
Objetivos:
Apresentar e dialogar sobre o conceito de SBN para integrantes da RFS e aliados ao lançar a publicação ”Soluções Baseadas na Natureza nas Periferias: Avanços na Regulamentação de Uma Nova Política Pública” da SNP/MCID;
Reconhecer, apresentar e fortalecer iniciativas já existentes de SBN da Rede Favela Sustentável;
Divulgar a inserção da Ação de SBN nas Periferias no Programa Cidades Verdes Resilientes e Programa Periferia Viva como forma de apoiar e potencializar iniciativas periféricas de SBN, intensificando a colaboração na esfera federal (MMA e MCID).
Organização: Rede Favela Sustentável
Promoção: Secretaria Nacional de Periferias, Ministério das Cidades
Apoio: Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH
Parceria: Secretaria Nacional de Meio Ambiente Urbano e Qualidade Ambiental, Ministério do Meio Ambiente
PROGRAMAÇÃO
08:45h - Recepção: Chegada, Acolhimento e Café
09:00h - Abertura: O Que São Soluções Baseadas na Natureza (SBN)?, com Theresa Williamson (Diretora Executiva da Comunidades Catalisadoras), Gisele Moura (Coordenadora da Equipe de Gestão, Rede Favela Sustentável), Sarah Habersack (Diretora de Transformação Urbana da GIZ Brasil), e Luiz Arend (Coordenador no Departamento de Mitigação e Prevenção de Risco, SNP/MCID).
09:30h - Experiências de SBN das Favelas da Rede Favela Sustentável (RFS), com Alessandra Roque (Providência Agroecológica), Luis Cassiano (Teto Verde Favela), Otávio Alves Barros (Cooperativa Vale Encantado), Ana Santos (CEM), Roberto Fonseca (Horto Natureza), e Alan Brum (Raízes em Movimento).
10:30h - Lançamento da Publicação “SBN nas Periferias: Avanços na Regulamentação de Uma Nova Política Pública”, com Luiz Arend Filho, Coordenador no Departamento de Mitigação e Prevenção de Risco, SNP/MCID.
11:00h - Soluções Baseadas na Natureza (SBN) como Política Pública, com Adalberto Maluf (Secretário Nacional de Meio Ambiente Urbano e Qualidade Ambiental, Ministério do Meio Ambiente, pelo Programa Cidades Verdes Resilientes), e Guilherme Simões (Secretário Nacional de Periferias, Ministério das Cidades, pelo SBN nas Periferias).
11:30h - Debate Aberto
12:00h - Encerramento
‘Saberes Afetivos e Sabores da Rede Favela Sustentável’ Encerra 13° Festival Filmambiente Dialogando Sobre Segurança e Soberania Alimentar nas Favelas
No dia 30 de agosto, na Arena Dicró, na Penha, Zona Norte do Rio, aconteceu a mesa de diálogo “Saberes Afetivos e Sabores da RFS“ com oito mobilizadores de favelas do Grande Rio, que integram a Rede Favela Sustentável (RFS)*. O evento promoveu experiências que abrangem todo o ciclo do alimento, desde o plantio até o consumo, com foco na segurança e na soberania alimentar das favelas. A mesa fez parte do encerramento do 13° Festival Internacional de Audiovisual Ambiental (Filmambiente), que acontece desde 2011, exibindo o melhor do cinema mundial, dentro da temática da sustentabilidade.
Participaram os mobilizadores da Zona Norte: Luis Cassiano do Teto Verde Favela no Parque Arará; Valdirene Militão do Projeto Ricardo Barriga na favela Roquete Pinto, no Complexo da Maré e da Fiocruz Mata Atlântica; Claudia Queiroga do Gastromotiva no Engenho da Rainha; e Patrícia Ramalho do Eixo de Saúde da Redes da Maré e Maré de Sabores. Da Zona Central e Zona Sul estiveram presentes Silvania da Silva, do coletivo Erveiras e Erveiros do Salgueiro e Evânia de Paula do O Design e o Bem Viver do Vidigal. E estiveram presentes Anna Paula Salles, fundadora de A.M.I.G.A.S., associação de mulheres no Engenho, na cidade de Itaguaí, e Aparecida Passos, do Instituto Mãos à Obra, na cidade de Mesquita, ambos municípios da Baixada Fluminense.
✨ REDE FAVELA SUSTENTÁVEL REALIZA 1º FESTIVAL "FAVELA NO CENTRO DAS SOLUÇÕES" NA LAPA, REUNINDO MAIS DE 90 FAVELAS E 100 ATIVIDADES ABERTAS E GRATUITAS AO PÚBLICO ✨
100 ATIVIDADES, APRESENTAÇÕES ARTÍSTICAS, OFICINAS PARA ADULTOS E CRIANÇAS, RODAS DE CONVERSA, FILMES, EXPOSIÇÕES, ESTANDES, FEIRA, TERAPIAS, EM 6 DIFERENTES ESPAÇOS NA FUNDIÇÃO PROGRESSO
Neste sábado, 19 de outubro, a Rede Favela Sustentável realiza seu primeiro evento aberto ao público após sete anos de crescente atuação. A primeira edição do Festival Favela Sustentável: Favela no Centro das Soluções será uma grande feira de soluções reunindo mais de 1300 moradores de 90 favelas do Grande Rio e o público de toda a cidade. O evento contará com mais de 100 atividades, entre intervenções artísticas, oficinas para adultos e crianças, rodas de conversa, filmes, exposições, estandes, feira e terapias.
1° Festival Favela Sustentável
FAVELA NO CENTRO DAS SOLUÇÕES
15 de outubro de 2024 — Neste sábado, dia 19 de outubro de 2024, acontece o 1º Festival Favela Sustentável - Favela no Centro das Soluções, na Fundição Progresso, das 9-17h, com 100 atividades e totalmente gratuito. O Festival visa ocupar este espaço icônico da produção cultural da cidade, no Centro do Rio de Janeiro, com sabedoria, tecnologias e produções periféricas, geradas nas favelas do Grande Rio, através de mais de 100 coletivos socioambientais e aliados da Rede Favela Sustentável. Todo o público, de todas as idades, é convidado para aprender e trocar juntos, quebrando barreiras históricas e reconhecendo a potência das comunidades fluminenses.
Introdução ao Festival
Desde 2017 a Rede Favela Sustentável vem crescendo, hoje formada por 700 integrantes, mobilizadores comunitários de mais de 300 favelas e aliados técnicos, trabalhando de forma integrada na luta por justiça climática através da realização do potencial das favelas como modelos de comunidades sustentáveis.
São estes coletivos comunitários e aliados que irão realizar, no sábado, o seu 1º Festival Favela Sustentável, na Fundição Progresso, na Lapa, Centro do Rio de Janeiro. Será uma grande feira de soluções e cultura socioambientais, com atividades e diálogos da Rede Favela Sustentável voltadas para o grande público. Desde apresentações culturais, oficinas manuais e rodas de conversa, a exposições, estandes, feira e terapias, a lateral da Fundição Progresso, logo abaixo dos Arcos da Lapa, estará pulsando com soluções e esperança, geradas pelas favelas da cidade.
A programação contempla…
Apresentações culturais, como: Música Pela Paz, "Eu Nasci na Escravidão" Balé com Coreografia Baseada na História de Zumbi dos Palmares, Sarau Ciranda com Poesias e Danças, Apresentação Cultural e Oficina de Ervas Sagradas, Coral Dançante Interpretativo, Batalha do Grau, Funk e Meio Ambiente, Oficina de Dança e Percussão Afro, e Samba de Roda Filhos de Angola.
Rodas de conversa sobre: a importância das memórias, empreendedorismo feminino negro, direito à água, energia solar social, tuberculose, banho de floresta, ancestralidade literária, e mais.
Exposições de: Memória Climática das Favelas, A História dos Rios e da Mata Machado, Memórias do Cerro Corá, Imagens de Memória e Luta, Horta Social para Terceira Idade, entre outras.
Oficinas manuais para adultos e crianças, entre elas: Intervenção Artística com Resíduos, Teto Verde, Estamparia com Pigmentos da Terra, Receita de Vó na Roda, CriAção Sustentável, Estêncil, Quintais Erveiros e Ervas Medicinais, Saberes e Aromas Sustentáveis, 'Brinquedos, Invenção e Infância: O que Pode a Imaginação?', A Importância das Cores na Alimentação Saudável, Forno Solar, Lixo que se Transforma, (vermi)Compostagem, Educação em Solos, e como montar uma pesquisa popular pelo Kobotoolbox.
Cineclube com debates, contemplando: O Audiovisual a Serviço do Social, Exibição dos Filmes "Histórias de Pescador" e "Baía", Curtas "Saúde na Perspectiva Antirracista" e "Todo Mundo Pode Brincar", Oficina com Pesquisadores Crias das Favelas e Periferias, e "Seguramos o Céu Contando Histórias".
Stands, feira e oficinas de economia solidária ao longo de todo o dia no Espaço Feirante, com 50 barracas dedicadas à valorizar trocas de informações, produtos e experiências com diversos coletivos populares.
O Festival será uma celebração das iniciativas e vivências de cada um dos onze objetivos temáticos da Rede Favela Sustentável, proporcionando um espaço acolhedor e dinâmico para troca de saberes e fortalecimento de laços entre as comunidades e a cidade como um todo.
Favelas Geram Soluções
Desde seu lançamento em 2017, a Rede Favela Sustentável vem crescendo a cada mês, realizando ações coletivas, nos e entre territórios de favela. Gera uma grande troca de conhecimentos, resgate de memória e pertencimento, construção de infraestrutura e tecnologias ambientais, pesquisa e incidência política. Todas essas ações sempre aconteceram dentro dos territórios, nós por nós, sendo comunicadas através das mídias. O 1º Festival Favela Sustentável - Favela no Centro das Soluções, é a primeira vez que o público terá a oportunidade de estar em contato presencialmente com diversas soluções geradas por favelas e comunidades periféricas, numa grande feira de trocas de experiências e saberes.
Programação 1° Festival Favela Sustentável: Favela no Centro das Soluções
Data: 19 de outubro de 2024
Horário: 09h às 17h
Local: Fundição Progresso, Rua dos Arcos, nº 24 - Lapa, Rio de Janeiro/RJ
Sobre os Coletivos Integrantes
O 1º Festival Favela Sustentável - Favela no Centro das Soluções acontece através das atividades de mais de 100 coletivos socioambientais e aliados representando 90 favelas de todo o Grande Rio.
Veja a lista de favelas, periferias e municípios que farão parte do Festival Favela Sustentável: Acari, Aldeia Rochedo Puri, Anil, Antares, Asa Branca, Babilônia, Bairro Parque Capivari, Bangu, Barros Filho, Benfica, Brasilândia, Caetés, Campo Grande, Campos Elíseos, Cerro Corá, Cesarão, Chapéu-Mangueira, Cidade Alta / Cordovil, Cidade de Deus, Colônia Juliano Moreira, Complexo da Mangueirinha, Complexo da Maré, Complexo da Penha, Complexo da Vila Norma, Complexo do Alemão, Cosmos, Eden, Engenho Novo, Gardenia Azul, Guaxindiba, Horto, Independência, Inhauma, Irajá, Itaipuaçu/Inoã, Jacarezinho, Jacutinga, Jardim Maravilha, Jardim Paraiso, Lins, Madureira, Magarça, Manguinhos, Mata Machado, Mineira, Morro Arroz, Morro do Conceito-Vilar Dos Teles, Morro dos Macacos, Muquiço, Nova Campinas, Paciência, Palmeirinha, Parada São Jorge, Paraíso, Parque Arará, Parque Horácio Cordeiro Franco/Benfica, Parque Marilândia, Pavão-Pavãozinho / Cantagalo, Pavuna, Pedra de Guartiba, Petrópolis, Pingo d'água, Praça Seca, Praia da Rosa, Providência, Queimados, Ramos, Rio das Pedras, Rocinha, Sacramento, Salgueiro, Santa Cruz, Santa Inês, Santa Marta, Sepetiba, Terra Nostra/Barros Filho, Tijuquinha, Trindade, Vale Encantado, Vargem Grande, Vidigal, Vila Aliança, Vila Autódromo, Vila Cruzeiro, Vila do Pinheiro, Vila Isabel, Vila Kennedy, Vila Parque da Cidade, Vila Santa Luzia, e Vila Vintém.
Sobre a Rede Favela Sustentável
A Rede Favela Sustentável é uma rede formada por 700 integrantes, mobilizadores comunitários de mais de 300 favelas e aliados técnicos. Trabalhamos integrados na luta por justiça climática para realizar o potencial das favelas como comunidades sustentáveis através de 11 eixos (Justiça Climática, Educação Socioambiental, Políticas Públicas Participativas, Cultura e Memória Local, Soberania Alimentar, Saúde Coletiva, Economia Solidária, Direito ao Saneamento, Justiça Energética, Transporte Justo, Moradia Sustentável). Buscamos fomentar qualidades já existentes nas favelas para impulsionar, concretizar e amplificar o seu potencial. A RFS atua na perspectiva de favelas como fontes de soluções, inclusive para a sustentabilidade humana, baseado no conceito de Desenvolvimento Comunitário com Base em Ativos, que tem como foco o desenvolvimento de moradores e o território de acordo com suas potências. Clique para saber mais sobre a rede e o FFS. A organização gestora da Rede Favela Sustentável é a Comunidades Catalisadoras (ComCat), vencedora do prêmio da Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA) em 2022 entre outros, pelo seu trabalho, desde 2000, realizando projetos de suporte estratégico aos mobilizadores de favelas do Grande Rio.
Apoio
O 1º Festival Favela Sustentável: Favela no Centro das Soluções é realizado pela Rede Favela Sustentável com o apoio do re:arc Institute e a parceria da Fundição Progresso, Local Futures, e CEDAE.
Contato Para Imprensa
WhatsApp: Assuntos gerais: (21) 972.538.748 ou Imprensa: (21) 991.976.444
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Material de Apoio para Imprensa (uso livre)
Programação em Planilha (veja por aba)
Imagens em vídeo [uso liberado, desde que para cobertura desta pauta e atribuição à Rede Favela Sustentável/ComCat]
Fotografias [uso liberado, desde que para cobertura desta pauta e atribuição à Rede Favela Sustentável/ComCat]
Intercâmbio da Rede Favela Sustentável no CEM, Complexo da Penha
Instalação de Sistema Solar na AMAC, Duque de Caxias
Lançamento da Exposição Memória Climática das Favelas, Vila Autódromo
Mutirão na Horta Comunitária Jurema Gomes Batista, Salgueiro
O 13º Festival Filmambiente Começou!
Este ano o festival carioca acontece entre 22 e 30 de agosto, em parceria com a Rede Favela Sustentável.
Datas-chave:
Abertura: dia 22 de agosto | 19 horas | Cinesystem Botafogo (Praia de Botafogo 316 (ex-Espaço Itaú de Cinema)
Premiação: dia 27 de agosto | 21 horas | Cinesystem Botafogo (Praia de Botafogo 316 (ex-Espaço Itaú de Cinema)
Nosso Evento: dia 30 de agosto | 15 horas | Arena Dicró: Mesa de Saberes e Sabores da Rede Favela Sustentável, com apresentações de 10 lideranças na área da sobre soberania e segurança alimentar das favelas
Acompanhe o Festival Filmambiente e a nossa parceria através das nossas redes sociais.Assista e compartilhe aos nossos materiais e vídeos que saíram em colaboração com o festival clicando aqui, aqui e aqui.
A Rede Favela Sustentável Está no Festival Filmambiente!
Dentro da programação deste ano, o tema da soberania alimentar, que envolve a autonomia alimentar nas comunidades, ganha espaço na mesa “Agroecologia, Soberania Alimentar e Cozinhas Solidárias em Favelas”, promovida pela Rede Favela Sustentável, com 10 projetos inspiradores do Grande Rio dialogando sobre suas práticas.
Será um lindo encontro a ser realizado no dia 30 de agosto, às 15h, na Arena Cultural Dicró, Parque Ary Barroso (Penha).
Você é nosso convidado especial para um evento transformador, repleto de aprendizados e troca de afetos, com convidados que são verdadeiras referências locais e fluminenses.
Contaremos com falas inspiradoras de: Roberto Fonseca (Horto Natureza), Luis Cassiano (Teto Verde Favela/Parque Arará), Evânia de Paula (O Design e O Bem Viver/Vidigal), Ana Santos (CEM/Complexo da Penha), Silvania da Silva (Erveiras e Erveiros do Salgueiro), Valdirene Militão (Fiocruz FMA e Projeto Ricardo Barriga/Complexo da Maré), Claudia Queiroga (Gastromotiva/Engenho da Rainha), Anna Paula Salles (A.M.I.G.A.S. Itaguaí), Aparecida Passos (Instituto Mãos à Obra/Mesquita), e Rayanne Felix e Patrícia Ramalho (Maré de Sabores/Eixo de Saúde do Redes da Maré).
Teremos três mesas fascinantes abordando temas essenciais como água, solo, plantio e hortas comunitárias, agroecologia, ervas e matos comestíveis, cozinha afetiva, agroecologia e mais!
Este é um encontro único para celebrar o “nós por nós” que impulsiona a segurança e soberania alimentar nas favelas do Grande Rio.
Venha se inspirar, aprender e compartilhar com a gente! Esperamos por você!
Caso tenha interesse no auxílio-transporte, se inscreva aqui
E mais...
Para nos inspirarmos ainda mais neste momento, te convidamos a assistir o vídeo sobre a emocionante Roda de Memória Climática do Complexo da Penha, realizada em maio no mesmo espaço, a Arena Dicró e Parque Ary Barroso. Nesse dia, moradores e lideranças da comunidade se reuniram para compartilhar e registrar experiências e saberes, em conversas que abordaram a ocupação e a história do Complexo, o impacto das mudanças climáticas, o direito à moradia e as soluções locais. O encontro foi encerrado no Santuário da Penha, proporcionando uma reflexão coletiva sobre a memória local e acompanhada de um belo pôr do sol.
“Nossa luta é por uma árvore em pé, uma casa digna, e uma comida no prato!” — Ana Santos (Centro de Integração da Serra da Misericórdia, ou CEM)
Essa e muitas outras falas inspiradoras estão presentes no vídeo “Mergulho na Memória Climática do Complexo da Penha", que lançamos hoje no canal da Rede Favela Sustentável:
Rede Favela Sustentável em Brasília: Comitiva Formada por Mobilizadores de Favelas e Aliados Apresenta Dados e Vivências Sobre Energia Justa e Limpa para Autoridades Federais
Entre os dias 26 e 29 de maio, a comitiva formada por 19 mobilizadores, representando favelas fluminenses com 1,2 milhões de habitantes, junto de aliados, levou suas pautas em prol da energia justa e limpa para Brasília.
Foram dias intensos e de diálogos potentes e produtivos sobre acesso, qualidade e eficiência energética nas favelas. Incidindo em prol de energia justa, a comitiva da Rede Favela Sustentável ‘Rumo a Brasília pela Energia Justa‘ teve diversas reuniões, conversas e participou ativamente da audiência pública ‘Transição Energética Justa: Papel Social da Energia Solar’, solicitada pelo Deputado Bandeira de Melo, presidente da Comissão de Minas e Energia. A audiência aconteceu no Dia Mundial da Energia, 29 de maio, e proporcionou um amplo diálogo sobre o Solar Social.
A participação da comitiva se baseou nos dados sobre o tema da energia que vêm sendo pesquisados há anos pela Rede Favela Sustentável, como o relatório Eficiência Energética nas Favelas e em iniciativas que já desenvolvem soluções para a energia nas favelas. Puderam dialogar com parlamentares e atores relevantes do setor.
A comitiva pôde, ao longo do período em Brasília, dialogar os três temas-chave que foram levantados coletivamente durante a preparação e criação do plano de incidência política do grupo, sendo estes:
Revisão da licitação das concessionárias;
Expansão da tarifa social;
Impulsionar energia solar social.
Junto aos parceiros nacionais Arayara, ClimaInfo, Inesc, Instituto Clima e Sociedade (ICS), Instituto Pólis, Lemon Energy e Revolusolar, o grupo de mobilizadores das favelas do Rio de Janeiro abriu diálogo com muitos órgãos de diferentes setores públicos.
Rede Favela Sustentável apresentou para a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) o resultado do estudo “Eficiência Energética nas Favelas”, no dia 27 de maio, em Brasília. Foto: Patrícia Schneidewind
Assista à apresentação completa realizada na Câmara dos Deputados
No CEASM, no Complexo da Maré, Exposição ‘Memória Climática das Favelas’ Dialoga com Jovens do Ecoa Maré e Preparatório da Instituição
Estudantes do preparatório do CEASM participaram da exposição Memória Climática das Favelas, no Complexo da Maré. Foto: Bárbara Dias
A exposição Memória Climática das Favelas, organizada pelos museus e projetos de memória integrantes da Rede Favela Sustentável (RFS)*, está em exibição neste mês do meio ambiente, no Centro de Estudos e Ações Solidárias da Maré (CEASM), no Complexo da Maré, Zona Norte do Rio de Janeiro. O evento de abertura ocorreu no Dia Mundial do Meio Ambiente, na presença de coordenadores, estudantes e professores do Projeto Preparatório do CEASM, de jovens bolsistas da FAPERJ que realizam projetos no Museu da Maré, além dos jovens e coordenadores do projeto Ecoa Maré, que, além de prestigiarem a exposição, apresentaram o trabalho de educação socioambiental que é desenvolvido no território da Maré.
A exposição surgiu como um produto final da realização de cinco rodas de memória climática das favelas, realizadas pelos museus comunitários: Museu da Maré do Complexo da Maré, Museu Sankofa da Rocinha, Núcleo de Orientação e Pesquisa Histórica de Santa Cruz (NOPH) de Antares, Museu de Favela (MUF) do Pavão-Pavãozinho/Cantagalo e o Núcleo de Memórias do Vidigal, todos integrantes do GT Cultura e Memória Local da Rede Favela Sustentável.
Rumo a Brasília pela Energia Justa
Semana Mundial da Energia 27-29 de maio de 2024 - Brasília, DF
Uma delegação formada por 19 mobilizadores de favelas do Grande Rio de Janeiro, entre jovens e veteranos, e 7 aliados técnicos, integrantes da Rede Favela Sustentável que vêm pesquisando e gerando soluções energéticas nas favelas. Em 2023 publicamos a pesquisa Eficiência Energética nas Favelas, que traz à tona a injustiça energética que vivemos. A pesquisa representa uma iniciativa de geração cidadã de dados em 1200 domicílios de 15 favelas do Grande Rio. Juntas, as comunidades representadas pela delegação contam com mais de 1,2 milhões de habitantes.
O QUE VAMOS FAZER EM BRASÍLIA?
Levaremos ao conhecimento de autoridades federais os dados da pesquisa Eficiência Energética nas Favelas, junto de histórias de moradores impactados, e soluções desenvolvidas pelos próprios territórios. Realizaremos uma reunião pública no Congresso, reuniões particulares com autoridades interessadas, e participaremos da audiência pública "Transição Energética Justa: Papel Social da Energia Solar" no Dia Mundial da Energia. Assessores parlamentares, jornalistas e todos os interessados, são bem-vindos. Veja a programação completa no fim desta página.
PARCERIOS NACIONAIS
Além dos integrantes fluminenses, as seguintes organizações de atuação nacional foram fundamentais para o desenvolvimento da programação e estarão ativas durante as atividades da Semana da Energia em Brasília: Instituto Internacional Arayara, ClimaInfo, Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), Instituto Clima e Sociedade (iCS), Instituto Pólis, Lemon Energy, Nordeste Potência e Revolusolar.
NOSSAS PAUTAS:
1. Renovação das concessões de energia elétrica: levantaremos questões sobre o acesso e qualidade da energia que chega às favelas e a relação com as condições da renovação das concessões.
2. Tarifa social: compartilharemos como a energia elétrica tem adquirido nova centralidade nas favelas e as dificuldades geradas pela falta efetiva do acesso à uma tarifa acessível.
3. Energia solar social: entenderemos como a adoção e o acesso à energia solar nas favelas pode ser uma solução, inclusive para as questões levantadas nos outros ítens, proporcionando autonomia e sustentabilidade às comunidades enquanto contribuindo com a sociedade como um todo.
ALGUNS DADOS DA NOSSA PESQUISA
55,2% das pessoas representadas na pesquisa se encontram abaixo da linha da pobreza.
41,5% das famílias que ganham até meio salário mínimo ficaram, nos últimos 3 meses, mais de 24 horas sem luz.
32,1% já perderam eletrodomésticos por causa de falhas na rede elétrica.
As famílias pagam, em média, duas vezes mais do que a capacidade de pagamento.
31% das famílias comprometem uma parcela desproporcional do orçamento familiar com a conta de luz.
69% gastariam mais com comida caso a tarifa fosse diminuída.
Os dados evidenciam o ‘gato’ como o único mecanismo para acessar energia entre os mais pobres. Conforme a renda aumenta, a maioria das famílias afirma não ter ‘gato’.
68,7% não conhecem a Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE).
59,55% das famílias atendem ao critério de renda para usufruir da Tarifa Social, entretanto somente 8,04% afirmaram receber o benefício.
73% das famílias que ganham até meio salário mínimo afirmaram não fazer reclamações ou solicitar serviços para a concessionária. Conforme a renda aumenta, o conforto em buscar a concessionária aumenta: só 33% dos acima de quatro salários dizem não fazer reclamações à concessionária.
O ar condicionado é responsável por mais da metade (51,4%) do consumo de energia na amostra.
Entre os entrevistados, 78% sempre lembra de apagar a luz ao sair de um ambiente e 67% dá preferência a lâmpadas LED.
50,6% afirmaram saber o significado da Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE).
SOLUÇÕES
Além dos mobilizadores-pesquisadores que levantaram e apresentarão estes dados, a delegação contemplará quatro lideranças realizando soluções na ponta para os desafios mencionados.
Luis Cassiano do Teto Verde Favela trará a experiência do teto verde no Parque Arará, Zona Norte do Rio, onde a temperatura abaixo do seu teto, no verão, diverge dramaticamente dos seus vizinhos, experiência já citada em diversas televisões pelo Brasil e o mundo.
Otávio Barros da Cooperativa Vale Encantado compartilhará a experiência do biossistema responsável pelo tratamento do esgoto da comunidade, e do biodigestor que gera gás na cozinha da cooperativa.
Nill Santos emocionará com a história de sua Associação de Mulheres de Atitude e Compromisso Social, para mulheres vítimas de violência, que achou na energia solar uma forma de geração de renda e independência.
E Dinei Medina instigará, a partir de sua experiência na primeira cooperativa de energia solar em favelas do Brasil, a Revolusolar, uma compreensão do enorme potencial que a geração distribuída, realizada nas favelas, poderá acarretar para toda a sociedade.
IMPERDÍVEL! PARTICIPE!
PROGRAMAÇÃO
Participe das seguintes atividades abertas ao público. É só chegar!
Segunda-feira, 27 de maio
Horário: 9-12h
Descrição: Lançamento da Semana Mundial da Energia—Reunião Pública no Congresso: "Justiça Energética nas Favelas: Dados e Soluções da Ponta" a mais completa apresentação dos dados, histórias e soluções a ser realizada na semana sobre o tema da injustiça energética e o complemento ideal aos tópicos que serão abordados na Audiência Pública de quarta-feira (veja abaixo).
Local: Plenário 19 do Anexo II da Câmara dos DeputadosQuarta-feira, 29 de maio
Horário: 9-12h
Descrição: Organizada pela Comissão
Permanente de Minas e Energia, Audiência Pública no Congresso Nacional sobre "Transição Energética Justa: Papel Social da Energia Solar"
Local: Plenário 14 do Anexo II da Câmara dos Deputados
Apresentações fechadas serão realizadas também com o Ministério Minas e Energia, ANEEL, Ministério das Cidades, e com a Frente Ambientalista do Congresso Nacional. Caso tenha interesse em receber a comitiva em seu gabinete, entre em contato através do contato abaixo.
Conheça a Comitiva RFS
Semana Mundial da Energia 27-29 de maio de 2024 - Brasília, DF
QUEM SOMOS?
Uma delegação formada por 19 mobilizadores de favelas do Grande Rio de Janeiro, entre jovens e veteranos, e 7 aliados técnicos, integrantes da Rede Favela Sustentável que vêm pesquisando e gerando soluções energéticas nas favelas. Em 2023 publicamos a pesquisa Eficiência Energética nas Favelas, que traz à tona a injustiça energética que vivemos. A pesquisa representa uma iniciativa de geração cidadã de dados em 1200 domicílios de 15 favelas do Grande Rio. Juntas, as comunidades representadas pela delegação contam com mais de 1,2 milhões de habitantes.
Exposição ‘Memória Climática das Favelas’ Chega a Santa Cruz, Levando ao Público Jovem a História de Cinco Favelas Cariocas Sobre o Clima
Estudantes da Escola Municipal Aldebarã participaram da abertura da Exposição Memória Climática das Favelas, em Santa Cruz. Foto: Bárbara Dias
A exposição Memória Climática das Favelas, organizada pelos museus e projetos de memória integrantes da Rede Favela Sustentável, está em exibição do dia 1º a 31 de março, no Palacete Princesa Isabel, Centro Cultural de Santa Cruz, Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Organizado pelo @nophecomuseu, o evento de abertura da exposição ocorreu nesta sexta (01) na presença de integrantes do NOPH, de estudantes e professores de ensino fundamental da Escola Municipal Aldebarã (@emaldebaranews), que além de prestigiarem a exposição, participaram também de uma apresentação sobre o processo de construção das rodas de memória climática e de uma apresentação artística de slam, realizado pelo @coletivofavelatemvoz.
“Depois de ter passado por duas grandes enchentes aqui em 2017 e 2018, foi muito importante trazer esse trabalho pro bairro de Santa Cruz, porque a gente sempre via muito pela televisão, casos de enchentes e deslizamentos, mas aqui quase não acontecia. Era muito difícil de ver mas, em dois anos seguidos, (tivemos grandes) enchentes aqui… Eu achei interessante mostrar para o bairro e para as comunidades o que acontece quando a gente não faz o nosso trabalho, quando a gente não tem o conhecimento do que está acontecendo, quando a gente não percebe que pequenas mudanças no meu espaço mudam o espaço inteiro. E aí eu apoiei o trabalho, por questões mesmo de passar para o bairro a importância da nossa memória climática, para entender como que acontecia e como que acontece hoje. Esse trabalho de entender e perceber mudanças, é o principal objetivo… Eventos [climáticos] que aconteciam de oito em oito anos estão [hoje] acontecendo de ano em ano. É uma mudança rápida.” — Leonardo Ribeiro, cria e historiador de Antares
Escrito por 📝 📷 Bárbara Dias @barbaradiasphoto .🔗 Leia a matéria completa no portal do Rio On Watch!
*A Rede Favela Sustentável (RFS) e o RioOnWatch são ambos facilitados pela organização sem fins lucrativos, Comunidades Catalisadoras (ComCat).
Justiça Hídrica e Energética nas Favelas: Leia os Relatórios Gerais e Locais da Pesquisa
Entre 2022 e 2024, lançamos os relatórios gerais e locais com os dados frutos do Curso ‘Pesquisando e Monitorando a Justiça Hídrica e Energética nas Favelas’, que contou com a participação de 30 jovens e 15 lideranças de 15 diferentes territórios do Grande Rio, mirando a desmistificação do processo de coleta e compreensão de dados, e garantindo o controle na geração de dados pelos próprios territórios.
Os relatórios foram lançados em diversos eventos, online e presenciais, que contaram com a presença não só dos pesquisadores como dos moradores onde a pesquisa foi realizada, permitindo que os resultados retornassem ao local de origem após a pesquisa.
Lançamento de dados em Mesquita em 22/03/2023
Confira os relatórios:
Relatório “Justiça Hídrica e Energética nas Favelas”
Relatório “Eficiência Energética nas Favelas”
Relatório de Mesquita (Contemplando Coreia, Cosmorama e Jacutinga)
Relatório da Zona Oeste (Contemplando Cidade de Deus e Rio das Pedras)
Relatório de Itaguaí (Contemplando Engenho)
Relatório de Caxias (Contemplando Dique de Vila Alzira)
Relatório de São João de Meriti (Contemplando Éden)
Relatório da Zona Norte (Contemplando Itacolomi, Jacarezinho, Pedreira e Vila Cruzeiro)
Relatório da Zona Central/Sul (Contemplando Providência, Morro dos Macacos e Pavão-Pavãozinho-Cantagalo)
Dados Sobre Água e Luz em Quatro Favelas Lançados em Último Evento do Tipo, Revelando Novamente Desigualdades
No último sábado (24) do mês de fevereiro de 2024, a Rede Favela Sustentável (RFS), e o Painel Unificador das Favelas (PUF), realizou na Galeria Providência, no morro da Providência, região central do centro do Rio de Janeiro, os últimos Lançamentos de Dados do relatório “Justiça Hídrica e Energética nas Favelas: Levantando Dados Evidenciando a Desigualdade e Convocando para Ação” dos territórios da Providência (Zona Central), PPG (Pavão, Pavãozinho e Cantagalo) (Zona Sul) , do Complexo da Pedreira (Zona Norte) e do Morro dos Macacos (Zona Norte).
Participantes do evento do Lançamento final de dados do relatório de justiça hídrica e energética nas favelas do Rio de Janeiro. Foto: Bárbara Dias
No último sábado (24) do mês de fevereiro de 2024, a Rede Favela Sustentável (RFS), e o Painel Unificador das Favelas (PUF), realizou na Galeria Providência, no morro da Providência, região central do centro do Rio de Janeiro, os últimos Lançamentos de Dados do relatório “Justiça Hídrica e Energética nas Favelas: Levantando Dados Evidenciando a Desigualdade e Convocando para Ação” dos territórios da Providência (Zona Central), PPG (Pavão, Pavãozinho e Cantagalo) (Zona Sul) , do Complexo da Pedreira (Zona Norte) e do Morro dos Macacos (Zona Norte).
Esses lançamentos de dados nas comunidades, fazem parte de uma grande pesquisa realizada por mobilizadores jovens e veteranos de diversas favelas da região metropolitana do Rio de Janeiro, que em seus territórios puderam pesquisar os desafios enfrentado por moradores no serviço de fornecimento de energia elétrica e de abastecimento de água pelas concessionárias, revelando uma grande desigualdade de acesso a esses serviços. O relatório foi o resultado do curso “Monitorando a Justiça Hídrica e Energética nas Favelas”, que foi realizado com o objetivo de desmistificar o processo de coleta e compreensão de dados e garantir o controle na geração cidadã de dados pelos próprios moradores, mirando na incidência política, a partir da compreensão e debates sobre dos dados coletados.
Doze dos 30 jovens que participaram da pesquisa do relatório de justiça hídrica e energética nas favelas do Rio de Janeiro. Foto: Bárbara Dias
Participaram da pesquisa, 30 jovens e 15 lideranças de 15 favelas espalhadas pelo Grande Rio, entre maio e junho de 2022. As comunidades participantes, no município do Rio de Janeiro foram: Cidade de Deus, Complexo da Pedreira, Itacolomi, Jacarezinho, Morro dos Macacos, PPG (Pavão, Pavãozinho e Cantagalo), Providência, Rio das Pedras e Vila Cruzeiro. Na Baixada Fluminense: Coréia, Cosmorama e Jacutinga em Mesquita; Dique de Vila Alzira em Duque de Caxias; Éden em São João de Meriti; e Engenho em Itaguaí.
Pesquisa feita da favela, para a favela
Quando ocorre a negligência dos poderes públicos com uma grande parte de territórios de uma metrópole como o Rio de Janeiro na realização de pesquisa que forneçam dados para se pensar em políticas públicas, prestação de serviços básicos e outras inclusões sociais que os moradores das favelas necessitam, cabe aos moradores do território, se auto organizarem, para que eles próprios possam fazer esse movimento. Foi a partir dessa premissa que o foco da pesquisa que deu origem ao relatório “Justiça Hídrica e Energética nas Favelas” foi pensado e executado.
Os dados sobre a água, puderam evidenciar que esse direito básico, é um recurso escasso nas favelas, pois, uma parte considerável de população, vem ao longo dos anos sofrendo com problemas que vão desde o abastecimento, qualidade, além de vazamentos, valores altos da conta e não atendimento de questões básicas pelas concessionárias de água.
Relatório de dados de justiça hídrica e energética nas favelas do Rio de Janeiro. Foto: Bárbara Dias
Os dados sobre energia elétrica, é outro fator bastante problemático, já que, muitos moradores não conseguem ser atendidos pelas empresas concessionárias, e quando os mesmos o são, os casos de valores elevados na conta são relatados com frequência, além, de apagões, picos de luz, queima de equipamentos e falta de energia elétrica por dias.
Evento de apresentação dos dados para o território contou com a presença de lideranças e jovens que participaram da pesquisa
As atividades do dia se iniciaram com Gisele Moura, coordenadora da equipe de gestão da Rede Favela Sustentável (RFS), apresentando o que foi o projeto:
“Então essa pesquisa foi realizada em 15 favelas onde a gente tem a apresentação das últimas 4, que é: Pedreira, Providência, PPG e Macacos, a apresentação vai ser feita pelos jovens pesquisadores, os mobilizadores estão aqui, e vocês receberam um relatório que dialoga com o que será apresentado aqui.” – Gisele Moura, coordenadora da equipe de gestão da RFS
Da esquerda para direita: Mikael Ângelo, Bruno Tavares, Hugo e Edilma de Carvalho, da Providência, na abertura do lançamento de dados do relatório de justiça hídrica e energética nas favelas do Rio de Janeiro. Foto: Bárbara Dias
Ela termina a apresentação, sua fala de abertura, chamando os anfitriões do território da Providência, para falarem sobre todo o processo e importância da pesquisa. Hugo, da Galeria Providência fala sobre a importância da pesquisa:
“Eu acho que é um momento extremamente importante para a gente conseguir concluir qualquer processo, e consolidar, fechar um projeto dessa magnitude, é ainda mais inspirador para outras favelas e para gente, que vem dos ambientes que a gente vem. Eu acho que hoje é um dia muito especial, um marco para nossa vida, ter um material como esse, impresso, que demonstra a qualidade que a gente está pensando sobre geração de dados, para trabalhar cada vez mais as demandas dos nossos territórios, é uma mudança de postura social, de como o Governo os gestores de política pública, vão encarar os representantes do territórios. Historicamente a gente estava sempre lutando com as forças que a gente tinha, mas eu acho que poder lutar dessa forma, traz uma outra postura. Ter informações e dados a respeito do lugar onde a gente mora, tem um fator de dignidade e de respeito que nos coloca em outro lugar.” – Hugo, Galeria Providência
Edilma de Carvalho, também da Galeria Providência dá as boas vindas de fala sobre a necessidade desse tipo de pesquisa nos territórios de favelas:
“Porque não falarmos de sustentabilidade também como o nosso povo? É preservação da vida humana, é nosso direito também. Não é o poder econômico que pode ditar quem pode viver ou não, por isso estamos avançando, e muito me alegra como educadora, avançar nesse aspecto de de trazer conhecimento, conhecimento que pode sim, ser popularizado, pois, no passado nós tínhamos os teóricos, dentro do território nos pesquisando, e por que não nós? O que nos impede? Temos menos inteligência, não! Só precisamos de mais oportunidades!” – Edilma de Carvalho, Galeria Providência
Dados sobre o acesso a água e luz revelam uma cidade em que os moradores das favelas não têm acesso a serviços básicos
Após a abertura, os jovens da RFS que participaram da pesquisa, se apresentaram, dizendo seus nomes e territórios. Matheus Botelho, jovem da Coreia em Mesquita, explicou o contexto geral do curso e da pesquisa, que surgiu da necessidade de capacitar moradores para que eles pudessem pesquisar sua própria comunidade, além de apresentar os relatórios finais e os sete relatórios específicos por território, onde são que apresentados os dados locais de cada favela ou das favelas agrupadas por regiões.
Matheus Botelho iniciou a apresentação do lançamento de dados do relatório de justiça hídrica e energética nas favelas do Rio de Janeiro, falando sobre o projeto e o processo que gerou os relatórios. Foto: Bárbara Dias
Dando sequência à apresentação, os jovens demonstraram como a pesquisa foi realizada, com dados demográficos, e sobre quais aspectos foram analisados, no caso da água foram considerados o acesso, fonte, equipamentos e falta. Os dados das comunidades que estavam apresentando os resultados, Providência, PPG, do Complexo da Pedreira e do Morro dos Macacos, foram então, expostos ao público, que pode comentar sobre os resultados, em relação às suas experiências.
No morro dos Macacos 99% dos entrevistados disseram que possuem água na torneira, já no PPG esse número cai para 84%, com 16% dizendo não receber água direto da torneira, e que água só chega através das “manobras”, que permitem o acesso em apenas em alguns dias da semana. Um morador do PPG, contou sobre sua experiência relatando que inclusive esses serviços pioraram bastante, com a privatização da CEDAE pela concessionária Águas do Rio:
“A gente percebeu que houve um grande problema de abastecimento, com aumento de desperdício, pois o material que a Águas do Rio utiliza é um material de baixa qualidade e muitos casos a gente percebeu que além do desperdício, a falta de água, e talvez esse numero ai até tenta aumentado. Eu por exemplo eu já fiquei sem água por causa da dificuldade de abastecimento das Águas do Rio.” – João Victor Teodoro do MUF / PPG Social
Letícia, moradora da Providência faz uma fala contando sua experiência com a falta de água na sua casa, durante o lançamento de dados do relatório de justiça hídrica e energética nas favelas do Rio de Janeiro. Foto: Bárbara Dias
Letícia, moradora da Providência, outro território, deu seu relato sobre a piora na situação da entrega de água em sua residência:
“A água é zero, pra gente ter acesso a água a gente acorda de madrugada, pra encher tudo que é vasilha, lavar louça, lavar roupa, Quando dá seis e pouca da manhã já não tem mais água. Tem que ficar sentada lá, [...] A gente arruma nossos filhos para ir para escola, não tem água na escola… Aí a gente tem que arrumar alguém para olhar as crianças e correr atrás do trabalho, para fazer as coisas do dia-a-dia, depois que entrou a nova empresa, não temos mais água.” – Letícia, Galeria Providência.
Outros moradores seguiram relatando que o acesso a água piorou muito com a nova empresa, com ineficiência de distribuição, inclusive nas partes baixas das favelas, situação que não ocorria anteriormente. Houveram relatos também de aumentos nas contas de água e cobranças indevidas, por parte de alguns moradores.
Os dados relacionados ao acesso de luz, qualidade da luz e eficiência da luz, apresentados, também não são muito diferentes, e ainda revelam um dado ainda mais alarmante, que 56% dos entrevistados vivem em situação de pobreza energética, ou seja, que suas contas de luz consome mais de 10% da renda familiar mensal, o recomendado é que o valor não ultrapasse 7%. Desses que vivem em pobreza energética 69% informaram que se não gastassem tanto com a conta, eles gastariam mais com alimentos, caso suas contas de luz fossem reduzidas.
Sobre os dados pesquisados sobre energia elétrica, o jovem Matheus Edson, do Rio das Pedras, explica que foram pesquisados o acesso, a fonte, os equipamentos e os preços das contas. O Jovem Mikael Angelo Lopes, da providência, explica que na providência a pesquisa demonstrou que 99% possui acesso a energia elétrica, porém alguns moradores presentes, pontuaram que em algumas áreas da favela as pessoas não têm acesso à luz ou o fornecimento é intermitente.
“Na parte alta na ‘toca’ tem moradores que estão a uma semana sem luz, a nossa luz ontem mesmo ela passou indo e vindo, nem a lâmpada sustentava acessa, imagina sem um ventilador nesse calor. Eu tenho três crianças pequenas em casa e a gente não consegue dormir. Consequentemente, no dia seguinte está todo mundo cansado, tem que ir para escola, eu preciso trabalhar, meu marido precisa ir trabalhar, o dia não rende, infelizmente está sendo assim, agrava muito mais no verão.” – Viviane, Galeria Providência
Viviane, moradora da Providência faz uma fala contando sua experiência com a falta de energia na sua casa, durante o lançamento de dados do relatório de justiça hídrica e energética nas favelas do Rio de Janeiro. Foto: Bárbara Dias
Esses relatos são muito frequentes, a mesma moradora informou que tem mais de dois anos que um poste está quase caindo em cima de uma residência. Segundo os moradores, a empresa concessionária Light tem um procedimento recorrente de negar atendimento em determinadas áreas da comunidade, por ser considerado “área de risco”.
“O problema não é pagar, se a gente tiver um serviço de qualidade, o problema não é pagar, é ter um serviço. Se as pessoas vão para o gato, é porque o poste não chega até a gente, a luz não chega até a gente, o relógio não chega até a gente.” – Viviane SOBRENOME Galeria Providência
Cobranças abusivas são também, sempre relatadas pelos moradores:
“Eu moro mais pra baixo e a minha conta de luz eu tenho, uma geladeira, um ventilador, dois ventiladores de teto , e a gente está sempre se policiando, por que a questão do consumo, você não está num lugar você apaga, a gente a minha conta de luz é R$ 470,00 reais e a gente faz como, se você não paga eles vem e corta. Eu não tenho ar condicionado, quem tem paga R$: 800,00 a R$: 1000,00.” – Ednalda Oliveira, Galeria Providência
Essa fala evidencia os dados pesquisados que se referem a pobreza energética, de uma cobrança muito alta pela concessionária de energia.
Com a finalização da apresentação dos dados, as lideranças das favelas pesquisadas apresentaram, as propostas dentre elas a criação de um programa de postos comunitários de água e luz, com atendimento local nas comunidades, auxílios financeiros para aquisição de bombas de águas, trocas de eletrodomésticos e lâmpadas mais econômicas, e cadastramento de bombeiros e eletricistas locais,além da criação de taxas populares para a de conta de luz.
E o que fazer com esses dados? Lembranças de um passado e apontamentos para ações futuras
Num segundo momento, os participantes da atividade foram convidados a se dividirem em dois grupos, para a partir dos dados, pensarem em propostas de resolução dos problemas apontados pela pesquisa e incidência política junto ao poder público, pensando como eram as questões relacionadas a água e luz, nu recorte de passado, presente e futuro. Foi um momento de construção coletiva, onde moradores das comunidades da Providência, PPG, Pedreira e Macacos puderam dialogar entre si, chegando a consensos e a propostas para ações futuras.
Jovens da Providência, Mikael Ângelo, Bruno Tavares, anotam as contribuições dos moradores no quadro, durante o evento de lançamento de dados do relatório de justiça hídrica e energética nas favelas do Rio de Janeiro. Foto: Bárbara Dias
Os jovens da Providência puderam anotar as contribuições num quadro, organizando as ideias dos participantes. Os moradores mais antigos, das favelas lembraram as dificuldades de não ter energia elétrica e da necessidade de usar lamparinas e lampiões, no caso da dificuldade de acesso à energia elétrica, e no caso da água coleta de água da chuva e busca por fontes. Otávio Barros, do Vale Encantado deu seu depoimento:
“A água vinha das nascentes em bambus gigantes, por uma calha, que levava a água para os tanques onde lavadeiras, lavavam as roupas, e tinham os boxes com chuveiros onde as pessoas tomavam banhos, por essa calha feita de bambu. E o banheiro era um buraco no chão, não tinha vaso sanitário.” – Otávio Barros, Vale Encantado
No Grupo do PPG, houve também a escuta dos moradores da comunidade e de outros territórios também, Flavinha Concecio do Complexo da Pedreira, fez um relato das dificuldades das favelas do subúrbio, para enfrentar situações relacionadas às questões de água e luz, do descaso do poder público na resolução de problemas, ela citou o exemplo das últimas enchentes que aconteceram na Zona Norte e Baixada Fluminense:
“O rio de Acari enche, aquela parte de baixo Fazenda Botafogo, do Complexo da Pedreira, toda aquela região ali, enche tudo. E a gente fica uma semana, 15 dias, 30 dias… Tem moradores que estão desde a enchente sem água, estão recebendo doações de água mineral. Tem moradores que estão sem luz. [...] Pra gente que é finalzinho da Zona Norte, do subúrbio e da Baixada a gente sofre essas precariedades diretas, [é difícil] de conseguir uma solução.” – Flavinha Concecio, Complexo da Pedreira
Favelas elaborando soluções para seus desafios nos seus territórios
Na parte final do evento de lançamento dos dados do territórios da Providência, PPG, Complexo da Pedreira e do Morro dos Macacos, algumas lideranças que desenvolvem projetos de impacto social e ambiental em seus territórios, foram chamadas a darem seus depoimentos, para os presentes, numa troca de experiências bem interessante.
Na parte final do evento de lançamento de dados do relatório de justiça hídrica e energética nas favelas do Rio de Janeiro, os participantes puderam ouvir relatos de experiências bem sucedidas em favelas. Foto: Bárbara Dias
Foram chamados a dar seus depoimentos Luis Cassiano, morador do Parque Arará e criador desenvolvedor do projeto Teto Verde Favela, que trabalha com eficiência energética criando telhados verdes em sua comunidade e sua capacidade de reduzir temperaturas; Otávio Barros, do Vale Encantado que inovou ao criar um biossistema para tratamento de esgoto em seu território; e André Leonardo e Luiz Carlos do Morro da Formiga, que fazem um trabalho centenário de preservação das águas em suas comunidades.
Luis Cassiano, explica que sua comunidade é um local extremamente quente, pois faltam áreas verdes, e que procurando soluções para essa questão, ele descobriu, pesquisou e criou uma técnica de um telhado verde adaptado à realidade da favela, para redução de temperatura e do consumo de energia elétrica:
“Essa técnica que eu consegui desenvolver, é uma técnica leve que eu consigo colocar ela em cima de uma telha de fibrocimento, de uma tela de zinco, de uma telha que é usada nas favelas, é uma técnica que é possível. [...] A gente usa o bidim, que é um gel geotêxtil, onde as plantas vão enraizar ai em cima” – Luis Cassiano, Teto Verde Favela
Luis Cassiano demonstra como funciona o Teto Verde no evento de lançamento de dados do relatório de justiça hídrica e energética nas favelas do Rio de Janeiro, no fim do dia os participantes puderam ouvir relatos de experiências bem sucedidas em favelas. Foto: Bárbara Dias
E ele faz a demonstração, numa maquete de uma casinha, para demonstrar a todos os presentes as plantas que são indicadas ao teto verde, principalmente aquelas que suportam a temperatura alta.
Otávio Barros, do Vale Encantado, contou a sua experiência de como a comunidade conseguiu construir um biossistema de saneamento ecológico, para resolver a questão do lançamento de esgoto nos corpos hídricos do território
“Eu juntei a comunidade, fizemos o projeto, e ai usando a mão de obra de comunidade, compramos o material, fizemos toda a canalização da comunidade que jogava dentro do rio, desviou por dentro da comunidade, coletando todo o esgoto e levou para a estação de tratamento, como a comunidade é íngreme, ia tudo por gravidade. na hora do tratamento de esgoto e do descarte. A gente criou uma cúpula onde o material orgânico, vai para esse compartimento, decanta e a água cinza sai em outro compartilhamento, e vai pra uns tanques que filtram o esgoto.” – Otávio Barros, do Vale Encantado
O dia de atividades da RFS se encerra com André Leonardo e Luiz Carlos do Morro da Formiga, que fazem um trabalho centenário de preservação das águas em suas comunidades, mantido por uma equipe do mutirão de reflorestamento:
“O arco verde que envolve o formiga verde onde hoje tem árvores, era só capim colonião, chegava o verão tinham queimadas, hoje a formiga tem muito verde, muitos animais que aparecem lá, muita água também, por conta desse reflorestamento, mas já tinha essa água historicamente, tá só mantendo agora, né.” – André Leonardo do projeto formiga verde
O dia de atividades da RFS se encerrou com histórias que apontam caminhos que levam a auto organização popular e comunitária como uma possibilidade das favelas de lidarem de forma criativa e autônoma, com seus desafios, na elaboração de projetos que visam diminuir os impactos causados pelas enormes desigualdades hídricas e energéticas que enfrentam seus moradores. Porém, não deixa de lado também a possibilidade de, a partir desses dados levantados pela pesquisa em 15 favelas, das comunidades se organizarem cada vez mais, para pressionar o poder público, a criação de políticas que também possam ser aplicadas na favela.
Encontro das Águas na Cidade de Deus: Projeto Eco Rede Fortalece Identidade e Resgata Memória dos Rios da Comunidade
Rio Grande visto da ponte nova, na Cidade de Deus. Ao fundo, vê-se o Maciço da Tijuca. Foto: Gabrielle Conceição
Esta é a matéria final de uma série sobre justiça hídrica nas favelas escrita por jovens moradores de favela e resultado do curso “Justiça Climática no Jornalismo Comunitário: Da Construção da Pauta à Redação da Notícia”. O curso, realizado pela equipe do RioOnWatch, em parceria com o GT Jovem da Rede Favela Sustentável (RFS), aconteceu nos meses de julho-setembro de 2023. Ela também faz parte de uma série gerada por uma parceria com o Digital Brazil Project do Centro Behner Stiefel de Estudos Brasileiros da Universidade Estadual de San Diego na Califórnia, para produzir matérias sobre justiça ambiental nas favelas fluminenses.
Rio Grande visto da ponte nova, na Cidade de Deus. Ao fundo, vê-se o Maciço da Tijuca. Foto: Gabrielle Conceição
A primeira enchente que marcou a história da Cidade de Deus (CDD), na Zona Oeste do Rio de Janeiro, foi a do ano de 1966, que afetou toda a cidade. Neste ano, a marca que a enchente deixou foi do crescimento repentino da nova comunidade ao receber os atingidos das enchentes em outras favelas. Temos em nossa raiz a memória de sermos resultado da desapropriação de outras favelas para a Cidade de Deus, que teve sua fundação antecipada e justificada para abrigar essas pessoas em 1966.
No entanto, esta não seria a única enchente a marcar a história do território. A Cidade de Deus e, a região do entorno, de Jacarepaguá, AP 4, é uma área propícia a alagamentos, delimitada pelo Maciço da Pedra Branca, Maciço da Tijuca e o Oceano Atlântico, com uma rede intensa de sub-bacias hidrográficas. A CDD está na planície de inundação do Rio Grande, o que significa dizer, que desde seu planejamento, parte de um conjunto habitacional público, estaria exposto a alagamentos.