JUSTIÇA HÍDRICA E ENERGÉTICA NAS FAVELAS

A Rede Favela Sustentável e o Painel Unificador de Favelas junto das centenas de organizações comunitárias, moradores e aliados técnicos que integram essas iniciativas estão empenhados em garantir o controle na geração, análise e divulgação de dados que retrate os desafios de acesso, qualidade e eficiência hídrica e energética das favelas.

A Justiça Hídrica e Energética na RFS possui duas frentes: um curso de pesquisa que resultou em 09 relatórios e um aplicativo de monitoramento da crise energética e hídrica com foco nas favelas.


Pesquisar Também É ‘Nós Por Nós’! Lideranças e Jovens de 15 Comunidades Convidam para Coletiva de Imprensa e Lançamento do Relatório ‘Justiça Hídrica e Energética nas Favelas’

No mesmo ano em que o Censo do IBGE foi realizado, após mais de uma década sem dados oficiais atualizados sobre o território nacional, surge o relatório, “Justiça Hídrica e Energética nas Favelas: Levantando Dados Evidenciando a Desigualdade e Convocando para Ação”, rico em dados frutos do curso “Pesquisando e Monitorando a Justiça Hídrica e Energética nas Favelas”. Conheça o relatório com o retrato dos desafios de acesso, qualidade e eficiência das 15 favelas:

“Justiça Hídrica e Energética nas Favelas: Levantando Dados Evidenciando a Desigualdade e Convocando para Ação”

O relatório foi resultado de um curso construído com o objetivo de desmistificar o processo de coleta e compreensão de dados e garantir o controle na geração de dados pelos próprios territórios, mirando a incidência política.


Participaram 30 jovens e 15 lideranças de 15 favelas espalhadas pelo Grande Rio. As comunidades participantes, no município do Rio de Janeiro foram: Cidade de Deus, Complexo da Pedreira, Itacolomi, Jacarezinho, Morro dos Macacos, Pavão/Pavãozinho/Cantagalo, Providência, Rio das Pedras, e Vila Cruzeiro; e na Baixada: Coréia/Mesquita, Cosmorama/Mesquita, Dique da Vila Alzira/Duque de Caxias, Edem/São João de Meriti, Engenho/Itaguaí, e Jacutinga/Mesquita.


O relatório foi lançado em coletiva de imprensa online em setembro de 2022.


Já disponível para download e leitura os relatórios que retrataram os dados dos 15 territórios da pesquisa. São 07 relatórios que apresentam os dados locais de cada favela ou das favelas agrupadas por regiões. Clique abaixo e baixe o relatório de dados local na íntegra:


Relatório ‘Eficiência Energética nas Favelas’ Expõe Detalhes Inéditos sobre Impacto da Ineficiência do Serviço e Uso de Luz sobre a Pobreza e Aprofundamento das Desigualdades

Os dados apresentados no novo relatório Eficiência Energética nas Favelas refletem a realidade de 1.156 famílias (4.164 pessoas) em 15 favelas de cinco municípios do Grande Rio e apresentam especificamente a relação da energia com a pobreza e desigualdade social, mirando a eficiência tanto do serviço prestado quanto do seu uso.

O relatório mostra que as famílias que ganham até meio salário mínimo são as que concentram o maior número de famílias em pobreza energética. Há uma linha de tendência: conforme aumenta a faixa de renda, diminui a proporção de famílias em pobreza energética.

Renda e Pobreza Energética

Enquanto isso, 69% dos respondentes afirmaram que, caso sua conta de luz fosse reduzida pela metade, utilizariam este dinheiro para comprar comida (ao invés de outras contas, medicamentos, educação, etc.). Quer dizer: a pobreza energética está diretamente ligada à insegurança alimentar dos entrevistados.

A pobreza energética também leva à necessidade de suprir a demanda por luz e tudo que ela garante (desde acionar bombas para se ter acesso à água, à capacidade de acessar informações e oportunidades de emprego através do celular) de outras formas.

Confira análises mais profundas e detalhadas dos dados acessando o relatório na íntegra.


Aplicativo SOS Água e Luz

SOS Água e Luz é uma iniciativa da Rede Favela Sustentável e do Painel Unificador das Favelas para documentar em tempo real a falta de acesso ou escassez de água e luz. O objetivo é gerar dados que possam mobilizar e estimular a sociedade a cobrar o poder público para a garantia destes direitos básicos.

A proposta é proporcionar dados através da ciência cidadã, que é quando milhares de cidadãos participam de forma informada, consciente e voluntária, na geração de grandes quantidades de dados, partilhando o seu conhecimento ou experiência e apresentam os resultados. Com ele esperamos suprir a demanda por dados que mobilizem a sociedade e o poder público para a garantia dos direitos básicos de água e luz.

O Aplicativo foi testado pelo ‘GT de testadores’ que contou com moradores de diversas regiões do Grande Rio, Baixada e Leste Fluminense. Agora o app passa por um processo de melhoria junto aos desenvolvedores com o objetivo de ser insturmento de pressão política!