Insolar: Democratizando o Acesso à Energia Solar no Santa Marta e Além

Click Here for English

Iniciativa: Insolar
Contato: Site | Facebook |Instagram | Twitter | Email
Ano de Fundação: 2013
Comunidade: Santa Marta e outras 14 comunidades do Rio de Janeiro.
Missão: Promover e democratizar o acesso à energia solar no Brasil.
Eventos Públicos: A Academia Insolar organiza eventos acadêmicos e palestras em universidades no Brasil e no exterior. Eventos também são realizados em conjunto com outros projetos de energia solar em andamento no Rio.
Como Contribuir: Doando ao Instituto Insolar, se voluntariando através da plataforma Atados, através de colaborações acadêmicas, e indicando investidores e patrocinadores que compartilhem da mesma missão.

Após passar um tempo significativo no setor privado, Henrique Drumond decidiu deixar para trás um ambiente de trabalho restritivo e seguir sua paixão pelo empreendedorismo social e pela inovação. Nascido e criado na Zona Sul do Rio de Janeiro, Henrique realizou vários projetos durante o seu período sabático do mundo dos negócios, inclusive um voluntariado em Moçambique. Foi lá que ele aprendeu que, mesmo com recursos limitados, indivíduos podem ter um impacto no mundo.

“Quando colocamos tecnologia, conhecimento, energia e oportunidade a serviço das pessoas, permitimos que seus talentos se revelem e se desenvolvam, contribuindo para que o nosso país atinja novos patamares de desenvolvimento socioeconômico e prosperidade para todas as famílias e para a sociedade como um todo”, diz o empreendedor social de 36 anos. Com esse aprendizado em mente, Henrique voltou para casa no Rio de Janeiro e, motivado pelo sonho de melhorar sua cidade e o Brasil, passou a utilizar tecnologia a serviço da sociedade.

Henrique se interessou pela energia solar, aproximou-se de empreendedores sociais e começou a participar de oficinas, eventualmente recebendo treinamento em uma organização sem fins lucrativos em São Francisco, Califórnia. Uma vez equipado com os conhecimentos básicos, ele fundou, juntamente com Michel Baitelli, o negócio social Insolar.

A Insolar reflete as experiências e aspirações de Henrique, que atualmente dirige a organização. Baseando-se na sua experiência no setor privado e no terceiro setor, assim como em sua formação como administrador, ele criou a Insolar como um negócio social. Entrelaçando elementos de organizações sem fins lucrativos e de modelos tradicionais de negócios, o modelo operacional da Insolar foca em fornecer energia solar às favelas do Rio de Janeiro e além. Os lucros gerados com a instalação dos painéis solares financiam a futura instalação de novos sistemas de geração de energia solar.

Como um negócio social, a Insolar destaca a importância de empoderar moradores de favelas, oferecendo programas de financiamento de baixo custo aos moradores que comprarem seus próprios sistemas de painéis solares. “Mesmo que no início a contribuição financeira dos moradores seja simbólica, a pessoa paga, por exemplo, R$40 por mês, durante alguns anos, e tem o direito de reivindicar um sistema [de energia solar] em funcionamento”, diz Henrique. Ao passo que o custo para os moradores é sempre menor do que a redução da conta de energia, eles nunca terão que pagar mais do que o valor que eles economizam. Dessa forma, os moradores não apenas investem em energia renovável como também obtém vantagens econômicas.

A Insolar, em parceria com outras organizações, também fornece programas de treinamento e certificação aos moradores, oferecendo mais de 100 horas de treinamento em quatro diferentes cursos. “Para nós, é importante não apenas trazer tecnologia, mas também trazer oportunidades, conhecimento, e treinamento”, resume Henrique. Os programas de treinamento de eletricistas e em energia solar dão aos participantes as habilidades necessárias para realizar a manutenção dos seus painéis solares e para instalar seus próprios sistemas elétricos e fotovoltaicos (tecnologia que converte a energia do sol em energia elétrica).

Ao capacitar moradores, a Insolar busca gerar benefícios duradouros para as favelas. Para ilustrar o que ele chama de “efeitos colaterais” positivos dos esforços da Insolar em compartilhar conhecimento, Henrique recorda as experiências do Marcos, ex-aluno da Insolar que colocou seus recém-adquiridos conhecimentos elétricos em uso para sua família: “Ele fez todo o sistema elétrico do salão de beleza da sua esposa, e agora ela é uma empreendedora”.

Henrique acredita que proporcionar a moradores conhecimentos necessários para manter seus painéis solares é essencial, porque voluntários não ficam para sempre, e recorrer às empresas de energia solar externas pode ser caro e, em alguns casos, inviabilizar a manutenção dos equipamentos. Apesar do treinamento envolver um investimento de tempo significativo, no final, os moradores da favela ganham uma independência inestimável. Esta independência é vital para a ampliação do impacto a longo prazo da energia solar no Brasil.

Continue lendo aqui >>

Anterior
Anterior

Educação Socioambiental na CDD: A EcoRede do Alfazendo

Próximo
Próximo

O Museu de Favela do Cantagalo e Pavão-Pavãozinho