Saiu no The Guardian—Como Lembranças de Água Limpa, Sapos e Ar Puro Podem Ajudar a Salvar as Favelas do Rio de Futuros Desastres Climáticos—Através da Exposição ‘Memória Climática das Favelas’

Leia a matéria original por Júlia Dias Carneiro, em inglês, no The Guardian aqui. O RioOnWatch traduz matérias do inglês para que brasileiros possam ter acesso e acompanhar temas ou análises cobertos fora do país que nem sempre são cobertos no Brasil.

Uma nova exposição na cidade do Rio de Janeiro analisa como a água, o meio ambiente e os eventos climáticos extremos se entrelaçam com histórias pessoais de 10 comunidades marginalizadas

A exposição ‘Memória Climática das Favelas’, reúne depoimentos e dados históricos que mostram como moradores de dez favelas do Rio se relacionam com o clima e a natureza. A partir dos relatos feitos por 400 pessoas de todas as idades em rodas de conversa realizadas nos últimos anos, a mostra discute, ainda, como essas comunidades enxergam e respondem à crise climática.

Para os organizadores, registrar essas memórias é uma forma de promover a justiça climática nas favelas do Rio. Aqui e em outras partes do mundo, assentamentos informais como Acari são desproporcionalmente afetados pelo aquecimento global e por eventos climáticos extremos devido a desafios combinados como a pobreza, moradias superlotadas e precárias, exposição desproporcional a riscos ambientais e poluição, violência policial e de facções criminosas, além do acesso limitado a serviços básicos.

Theresa Williamson, urbanista e ambientalista radicada no Rio, afirma:

“A memória é essencial para resolver a crise climática, porque o sentimento de pertencimento dá às pessoas uma identidade e uma conexão com seu território. Quando a gente conhece o ambiente onde vive—o solo, as árvores, a história compartilhada—a gente se importa com aquele lugar. A gente desenvolve um sentido de compromisso.”

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