CocôZap: Mídia Social e Dados do Cidadão para Melhorar o Saneamento da Maré

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Iniciativa: CocôZap
Contato: Website | Blog |Facebook | Twitter| Email
Ano de Fundação: 2017
Comunidade: Complexo da Maré
Missão: Fazer o debate acerca do saneamento básico dentro das favelas ser mais acessível a partir da ação direta do cidadão na produção de dados, do monitoramento das políticas públicas, da geração de narrativas contra-hegemônicas em debates públicos e de mutirões.
Eventos Públicos: O CocôZap organiza mutirões comunitários na Maré e fóruns públicos sobre problemas de saneamento.
Como Contribuir: Doar, colaborar com a coleta de dados e ajudar a aumentar a visibilidade do projeto.

Nas favelas do Complexo da Maré na Zona Norte do Rio de Janeiro, o data_labe está usando dados para disseminar novas narrativas por moradores de favelas e das periferias urbanas. Nascido do Observatório das Favelas, também situado dentro da Maré, em 2016, o data_labe era originalmente composto por cinco jovens versados em dados quantitativos. Além de gerar reportagens baseadas em dados públicos, o grupo também realizou programas de treinamento para jovens e mapeou iniciativas de comunicação nas favelas.

O data_labe se tornou uma entidade independente em 2017, e a organização agora emprega dez membros de diferentes origens em sua equipe. O trabalho é focado em três frentes distintas: jornalismo, educação e produção de dados gerados pelo cidadão (DGC), o que, de acordo com o coordenador do data_labe Gilberto Vieira, consiste em “como que as pessoas podem produzir dados por si mesmos, e como elas podem se engajar na produção de dados sem ser um instituto de pesquisa formal”. Para Gilberto e toda a equipe do data_labe, os dados públicos e os DGC constituem ferramentas poderosas para influenciar as narrativas sobre a cidade do Rio e seus moradores.

Uma das principais áreas de DGC do data_labe é o saneamento básico. Motivados pela ideia de “construir um canal de denúncia, debate e proposição para saneamento básico”, Gilberto e seus colegas formularam planos para uma nova iniciativa em 2016: o CocôZap. O CocôZap dá aos moradores a oportunidade de fazerem denúncias acerca de violações de saneamento na Maré. Os moradores que encontrarem vazamentos de águas residuais não tratadas, lixo não coletado ou falta de acesso à água limpa podem enviar uma mensagem e fotos a uma conta de WhatsApp administrada pelo data_labe. Gilberto e outros membros da equipe do CocôZap então sobem o relato para um banco de dados online, que inclui data de observação, descrição do problema sanitário, categoria do problema, frequência na qual o problema ocorre e localização. Além do banco de dados, a equipe do CocôZap mapeia cada problema reportado. Uma vez que os dados estão organizados e mapeados, Gilberto e seus colegas usam a informação para criar relatórios e apresentações sobre os problemas sanitários e seus impactos sobre os moradores da Maré.

No futuro, a equipe do CocôZap espera que esses relatos baseados em dados auxiliem os moradores no diálogo com o setor público. Historicamente, foram os próprios moradores da Maré e de outras favelas da cidade que garantiram a infraestrutura de saneamento para eles mesmos, a partir de mobilizações para pressionar o governo a proverem serviços públicos básicos. O CocôZap espera proporcionar um avanço tecnológico a essa mobilização já profundamente enraizada. “CocôZap ajuda manter os moradores da Maré em um lugar de protagonismo político”, explica Gilberto. Por promover a coleta de DGC e produzir conteúdo baseado em dados locais, o CocôZap está trazendo o debate do saneamento de volta à população.

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