Exposição ‘Memória Climática das Favelas’ Exibida no Museu de Favela Durante a 22ª Semana Nacional dos Museus, Levando Relatos de Favelas Cariocas sobre o Clima ao Pavão-Pavãozinho/Cantagalo
Visitantes participam da abertura da exposição Memória Climática das Favelas, no Museu de Favela. Foto: Bárbara Dias
A exposição Memória Climática das Favelas, organizada pelos museus e projetos de memória integrantes da Rede Favela Sustentável (RFS)*, está em exibição do dia 6 de maio a 4 de junho, no Museu de Favela (MUF) do Pavão-Pavãozinho e Cantagalo, situado na Rua Alberto de Campos, 12, Ipanema, Zona Sul do Rio de Janeiro, como parte da programação da 22ª Semana Nacional de Museus. Sob a organização do MUF, a abertura do evento ocorreu no dia 13 de maio, com a presença de membros do museu e visitantes, que, além de participarem de uma visita a exposição, puderam assistir a peça “Cadeira de Balanço”, do Coletivo Reverbere, encenada por Dudu Gehlen, que, com muita sensibilidade, fala sobre o tema de memórias de um familiar que já partiu.
A exposição Memória Climática das Favelas surgiu como um produto final da realização de cinco rodas de memória climática das favelas, realizadas em 2023 pelos museus comunitários: Museu da Maré do Complexo da Maré, Museu Sankofa da Rocinha, Núcleo de Orientação e Pesquisa Histórica de Santa Cruz (NOPH) de Antares, Museu de Favela (MUF) do Pavão-Pavãozinho e Cantagalo e o Núcleo de Memórias do Vidigal, todos integrantes do Grupo de Trabalho Cultura e Memória Local, da Rede Favela Sustentável.
A exposição é constituída por relatos e memórias sobre o clima, narrados sob a perspectiva de residentes de cinco favelas da cidade do Rio e exibida em formato de vídeo, banners, uma linha do tempo, e mapa interativo, que possibilitam a observação dessas memórias que fazem parte da história das favelas participantes. Além desses elementos, a exposição também inclui, um mapa de museus e projetos de memória da Rede Favela Sustentável e a obra chamada “Poço das Memórias”, concebida pela artista plástica Evânia de Paula, do Vidigal, que conta com cerca de 100 fotografias, onde os visitantes podem interagir com a estrutura. Na abertura, Márcia Souza, fundadora do MUF, que completou 15 anos de existência, falou sobre a exposição e convidou todos os visitantes a participarem da peça de teatro “Cadeira de Balanço”:
“Eu me chamo Márcia, sou uma das fundadoras do Museu de Favela. A gente está recebendo esse projeto, desta peça, “Cadeira de Balanço”, que é um momento muito especial para mim… O museu está aberto para todos e está acontecendo a Exposição Memória Climática das Favelas. Quero agradecer a todos vocês… dizer que estou muito feliz e vamos para a apresentação.”