Gabriela Buffon Vargas Gabriela Buffon Vargas

Projeto Inclusão: Transformando Vidas Por Meio do Amor ao Próximo, Educação, Esportes e Cultura em Éden, São João de Meriti

Iniciativa: Projeto Inclusão
Contato: Facebook | InstagramWhatsApp +55 (21) 964686394 e 976688714
Ano de Fundação: 2014
Comunidade: Éden, São João de Meriti
Missão: Transformar vidas através do amor ao próximo, educação, esporte e cultura.
Eventos Públicos: Há uma variedade de atividades abertas ao público, como feiras de artesanato e mutirões de coleta de lixo que promovem uma comunidade limpa, sustentável e a preservação do meio ambiente. O projeto também celebra animadas festas juninas. Informações são divulgadas pelo perfil da instituição no Instagram e por grupos de WhatsApp comunitários dos quais faz parte.
Como Contribuir: Doe o seu tempo por meio de trabalho voluntário, contribua com materiais e bens de necessidade específica (como lanches para as crianças, biscoitos, material escolar e outros) ou faça doações em dinheiro.

Escondida numa rua lateral da comunidade do Éden, uma casinha azul-turquesa acolhedora, com um pequeno quintal, abriga o Projeto Inclusão. Um quadro fixado à parede destaca a variedade de atividades e recursos oferecidos à comunidade: de xadrez à poesia, de literatura ao futebol. Entre as atividades estão o atendimento terapêutico, com psicólogo, neuropsicopedagoga e fonoaudióloga para as pessoas da comunidade, auxiliando na aprendizagem, traumas e vivências. Em parceria com a Gerando Falcões oferecem empregabilidade e renda com cursos para a comunidade. Muitas famílias desse bairro de São João de Meriti, município da Baixada Fluminense, conseguem arcar apenas com o básico para suprir suas necessidades fundamentais. Por meio de parcerias com outras organizações, instituições e apoiadores privados, o Projeto Inclusão atua para preencher essas lacunas, oferecendo acesso, acolhimento e oportunidades à comunidade.

Como Tudo Começou: Origens e Filosofia Pedagógica

O Projeto Inclusão vem fortalecendo e ampliando a sociabilidade, o autoconhecimento e a autonomia dos moradores do Éden desde 2014. Atuando em defesa da equidade, em especial para crianças e jovens, a iniciativa desenvolve maneiras criativas e inteligentes de promover a educação e fomentar o conhecimento na comunidade.

“É um espaço onde [os moradores] podem entrar, vir e ficar… se sentem em casa. O propósito é esse mesmo, eles se sentirem em casa, mesmo, acolhidos de verdade.” — Élida Nascimento

Fundado pela pedagoga Élida Nascimento e seu marido, Marcos Antônio Júnior, o Projeto Inclusão sempre teve a educação como eixo principal. Na época em que trabalhava em uma escola, Élida percebeu que muitos de seus alunos enfrentavam dificuldades no aprendizado—alguns, inclusive, já haviam repetido várias séries ainda muito pequenos. A falta de motivação e de alegria das crianças no ato de aprender era o que deixava Élida mais aflita. Foi sua busca pelas causas mais profundas desses desafios que deu origem ao Projeto Inclusão.

A princípio, Élida e Marcos não tinham a intenção de fundar uma instituição. A ideia foi ganhando forma à medida que percebiam que o reforço educacional não formal conduzia a melhores resultados escolares, mais alegria no aprendizado e transformações sociais. O que começou como uma pequena iniciativa para ajudar um grupo de dez crianças cresceu rapidamente, com outro grupo surgindo logo em seguida.

Desde o primeiro curso, em 2014, voltado à alfabetização de dez crianças, Élida se empenha em adotar uma abordagem diferente dos métodos tradicionais da educação formal. Um dos pilares da metodologia do Projeto Inclusão é criar conteúdos a partir das vivências das crianças e destacar as conexões entre os temas curriculares e sua relevância no cotidiano dos alunos. A proposta também enfatiza o reconhecimento e o desenvolvimento do que Élida chama de “inteligências múltiplas”, incentivando as crianças a descobrirem suas próprias habilidades e talentos, em vez de se compararem constantemente com os outros.

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Mobilidade Ativa, Cidadania e Sustentabilidade: Através da Bicicleta, Pedala Queimados Movimenta Transformação Social na Baixada Fluminense

Iniciativa: Pedala Queimados
ContatoFacebookInstagram; WhatsApp: +5521965508094
Ano de Fundação: 2015
Município: Queimados (Baixada Fluminense)
Missão: Promover a transformação social por meio da bicicleta, com foco na criação de oportunidades, especialmente em relação ao trabalho e renda, bem como na promoção da cidadania e redução da desigualdade.
Eventos Públicos: Pedala Queimados realiza atividades frequentes para bebês e suas famílias no bairro Nossa Senhora de Fátima, conhecido como São Miguel, em Queimados, ensinando as crianças a andar de bicicleta. Além disso, eventos especiais como o Festival Bike de Cria ou caminhadas conjuntas e excursões de bicicleta pelo ambiente rural da região, como o Anda Queimados, são abertos ao público. Confira as páginas de mídia social para obter mais informações sobre os próximos eventos.
Como Contribuir: Participe de eventos, divulgue os passeios turísticos oferecidos pelo projeto ou seja voluntário, apoiando a instituição com seu conhecimento ou financeiramente, com doações ou patrocínios contínuos.

O que começou, em 2015, como uma iniciativa para promover o uso da bicicleta como meio de transporte econômico e sustentável, logo se desenvolveu em uma associação que integra várias demandas atuais em Queimados, município da Baixada Fluminense, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Oficialmente registrado em 2019, o Pedala Queimados incentiva e difunde o uso de bicicletas na cidade a fim de promover melhorias na mobilidade sustentável, bem como a transformação social a partir deste meio de transporte.

‘Percebi Que Não Precisava Ficar Refém do Transporte Público’

Quando Carlos Leandro de Oliveira, fundador do Pedala Queimados, chegou a ter que percorrer diariamente 55km de bicicleta até o trabalho, ele repensou sua relação com o deslocamento na cidade e com os modais.

“Eu pego a bicicleta e começo a ir para o Rio, até que eu começo a perceber que não precisava ficar refém do transporte público caso eu não tivesse recurso para me locomover. A bicicleta poderia me levar pra vários lugares, pra qualquer lugar. E, depois de fazer duas ciclo-viagens, uma pra São Paulo e outra entre Minas e Espírito Santo, eu comecei a ver que, se eu pedalo o Brasil inteiro, as pessoas podem pedalar em Queimados, que é um lugar plano, teoricamente confortável pra pedalar. Na verdade, não é tanto porque não tem infraestrutura, mas as pessoas já pedalam aqui, né? Aí comecei a fazer uma mobilização pela bicicleta, [para incentivar] que as pessoas pedalassem aqui.” — Carlos Leandro de Oliveira

O percurso diário de bicicleta compreendia o trecho que partia de Queimados até o Centro do Rio, e foi consequência do atraso no salário de Carlos, que, na época, ainda estagiava. Esse acontecimento o incentivou, em 2015, a criar o Pedala Queimados e buscar promover uma maior conscientização sobre o tema na região, além de liderar importantes projetos no segmento.

Em 1991, Lourdes conheceu a Casa de Santa Ana que pertence a Paróquia Pai Eterno e São José, na Cidade de Deus, já acolhendo um pequeno grupo de idosos da comunidade. Sua experiência pesquisando os centros-dia e centros de convivência inspiraram Lourdes a propor ainda mais alternativas para o apoio a estes idosos que viviam em situação de vulnerabilidade social. 

Com o apoio da igreja, em espaço cedido por ela para a implantação do centro-dia e centro de convivência, Lourdes inaugurou a iniciativa de assistência social que até hoje é realizada lá, na Travessa Débora, Número 107. Mais tarde o imóvel foi cedido oficialmente em regime de Comodato.

Apesar da proposta inicial priorizar a terceira idade, outras faixas etárias foram incluídas ao longo do tempo, integrando todas as gerações da comunidade.

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Casa de Santa Ana, Projeto Pioneiro da Cidade de Deus, Combate o Asilamento e Resiste Há Mais de 30 Anos na Favela: ‘Um Idoso Quer O Que Tem Certeza Que Merece’

Criada em 1988, inicialmente para oferecer apoio religioso a um grupo de 20 idosos na Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, a Casa de Santa Ana se tornou, em 1991, o primeiro centro-dia e centro de convivência para idosos dentro de uma favela brasileira. Com uma abordagem inovadora e pioneira juntando oficinas voltadas para a promoção da saúde integral, de bem-estar, de prevenção do asilamento e isolamento social, o projeto tem como principal objetivo acolher idosos da região durante o expediente de trabalho de seus familiares. 

A Casa oferece, na parte do dia, diversas atividades de promoção à saúde, à cultura e à educação. As atividades priorizam o público de terceira idade, mas também são abertas para crianças e jovens da região. Essa abordagem intergeracional tem como objetivo promover a sociabilidade entre diferentes gerações da comunidade, prevenindo o isolamento tão comum à terceira idade.

O centro-dia da Casa de Santa Ana começa com a assistente social Maria de Lourdes Braz quando ainda estagiava, entre 1989 e 1991, na Casa Gerontológica de Aeronáutica Brigadeiro Eduardo Gomes (CGABEG), na Ilha do Governador. Durante sua formação, Lourdes visitou diversos asilos, tendo contato com a dura realidade de abandono de muitos idosos institucionalizados. Nesta experiência, Lourdes descobriu também os chamados centros de convivência e centros-dia.

Como funcionam? Propondo a prevenção do modelo de asilamento, os centros-dia e centros de convivência não abrigam os idosos de forma integral ou definitiva, mas prestam assistência diurna a idosos e suas famílias (no caso dos centros-dia) e oferecem atividades de integração social (no caso dos centros de convivência). Deste modo, buscam restabelecer a sociabilidade do idoso, combatendo, assim, seu isolamento e seu abandono, situações comuns no modelo de asilamento.

Em 1991, Lourdes conheceu a Casa de Santa Ana que pertence a Paróquia Pai Eterno e São José, na Cidade de Deus, já acolhendo um pequeno grupo de idosos da comunidade. Sua experiência pesquisando os centros-dia e centros de convivência inspiraram Lourdes a propor ainda mais alternativas para o apoio a estes idosos que viviam em situação de vulnerabilidade social. 

Com o apoio da igreja, em espaço cedido por ela para a implantação do centro-dia e centro de convivência, Lourdes inaugurou a iniciativa de assistência social que até hoje é realizada lá, na Travessa Débora, Número 107. Mais tarde o imóvel foi cedido oficialmente em regime de Comodato.

Apesar da proposta inicial priorizar a terceira idade, outras faixas etárias foram incluídas ao longo do tempo, integrando todas as gerações da comunidade.

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Cerro Corá Moradores em Movimento: Coletivo Desenvolve Território Através da Alfabetização, Memória, Cultura e Cinema

Em 2013, na favela do Cerro Corá, entre os bairros de Cosme Velho e Santa Teresa, na Zona Sul da cidade do Rio de Janeiro, o Coletivo Cerro Corá Moradores em Movimento foi fundado junto com o nascimento do projeto de memória social Memórias do Cerro Corá. Após ocupar a sede desativada da Associação de Moradores local em 2014, o grupo inaugurou a Biblioteca Comunitária do Cerro Corá, que, hoje, funciona como um dos mais importantes pólos da comunidade.

“A primeira exposição aconteceu em 13 de agosto de 2013. A gente começou meio inocente, sem saber o que estava fazendo… O intuito principal [era] trazer à tona essa importância da memória, sobretudo, das pessoas que fazem e fizeram parte da construção do que é o Cerro Corá… Nós, no Cerro Corá, temos os nossos micro-heróis, pessoas super importantes, tipo o Seu Murciano Marinho, que foi responsável, na época, pela água, pela luz e por outros feitos grandiosos para o morro. Dona Baia, que foi parteira, a gente conversou muito com ela, mas ela não quis ser gravada, não permitiu ser gravada… A gente pensa muito nessa construção de identidade [a partir] do passado.” — Ricardo Rodrigues

Atualmente, ao chegar na sede da Biblioteca Comunitária do Cerro Corá, é possível ver as fotos antigas na parede: imagens cotidianas das moradias no início da ocupação do morro, das festas e bailes da favela. Ricardo, um dos co-fundadores do coletivo, conta o que os motivou a criar Memórias do Cerro Corá e explica como foi o processo de pesquisa e de participação dos moradores, que emprestaram seus arquivos pessoais para a montagem do acervo, hoje à disposição da comunidade.

“A gente, na primeira exposição, fez um mutirão de porta em porta, recolhendo fotos antigas e tal. Escaneava e aí devolvia na semana seguinte. A Dona Sulica participou muito disso, porque convencia as outras pessoas a darem suas fotos. E aí, às vezes, o filho dá a foto, mas não lembra mais de quem era a casa, quem era a pessoa e tal. E aí, ela falava: ‘aqui era a casa do fulano e tal, aqui tinha uma árvore, tal história da árvore, tal história da pessoa, quem morou antes daquela pessoa vir morar e tal’. Ela foi muito importante nessa construção das histórias.” — Ricardo Rodrigues

A biblioteca comunitária possui também um amplo acervo de livros e desenvolve diariamente atividades junto aos moradores. André Martins, coordenador da biblioteca, explica que o trabalho desenvolvido no espaço inclui mediação de leitura, empréstimo de livros, oficinas e ações pedagógicas. Ele informou que o público que frequenta a biblioteca diariamente busca essas atividades. O público predominante corresponde a crianças entre dois e 14 anos de idade, mas a biblioteca possui um acervo de livros que atende a todas as faixas etárias.

“A gente abre a biblioteca de segunda a sexta e opera dessa maneira: sempre fazendo uma mediação de leitura e alguma oficina. Mas sempre com essa entrada pela literatura. E é sempre o Jeferson que está à frente [da contação de histórias]. Eu fico ali coordenando junto com ele, mas as mediações é ele que faz.” — André Martins 

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Cultivando a Mudança em uma Horta Comunitária: Projeto Luxo do Lixo, do Complexo da Penha, Comemora Quatro Anos de Ação Ambiental

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Iniciativa: Projeto Luxo do Lixo
Contato: Facebook; Instagram; WhatsApp +5521993556036
Ano de Fundação: 2020
Comunidade: Complexo da Penha
Missão: Reduzir o lixo e criar um futuro mais verde por meio de uma horta comunitária e da promoção da educação ambiental.
Como Contribuir: Participando de eventos presenciais, acompanhando o projeto nas redes sociais e ajudando a lhe dar mais visibilidade.

Uma iniciativa inspiradora criou raízes na comunidade das Quatro Bicas, localizada no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro. O projeto Luxo do Lixo, fundado pelas irmãs Denise e Penha Faria, dedica-se a enfrentar as questões críticas de gestão de resíduos e educação ambiental no bairro. Comemorando seu quarto aniversário no dia 17 de agosto 2024, o projeto organizou um dia inteiro de atividades para a comunidade, incluindo apresentações, consultas médicas gratuitas, vacinação contra a COVID e a gripe, além de oficinas organizadas por parceiros e aliados. A comemoração também contou com um mutirão de limpeza e organização da horta comunitária—um espaço querido por todos, que se tornou fonte de orgulho e um recurso vital para o bairro inteiro

Origens e Inauguração da Horta Comunitária

O projeto Luxo do Lixo começou com uma ideia simples: enfrentar o grande problema dos resíduos com destino impróprio na comunidade das Quatro Bicas. Além de visualmente desagradável, o acúmulo de resíduos destaca o acesso limitado da comunidade a informações sobre reciclagem e gestão de resíduos. O projeto tem como objetivo reduzir a quantidade de resíduos nas ruas, orientando os moradores sobre como a maioria dos itens descartados pode ser reaproveitada. Ao mostrar que o que chamamos de lixo pode, na verdade, ser um material valioso para reutilização, a iniciativa promove uma cultura de conscientização ambiental e sustentabilidade.

“Quando pensei em começar o projeto, foi justamente porque eu abria o meu portão e via o espaço em frente cheio de resíduos e sujeira… Ficava olhando e pensando: ‘Que triste; eu abro a porta de casa e a primeira coisa que vejo são os resíduos que poderiam ser reciclados, e o descuido.’” — Penha Faria

Para lidar com a questão, a principal atividade do projeto é a horta comunitária, oficialmente inaugurada em 1 de agosto de 2020. A horta não só fornece alimentos frescos para a comunidade, mas também serve como exemplo prático de como a agricultura urbana em pequena escala pode melhorar a segurança alimentar e promover a sustentabilidade ambiental.

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Associação de Mulheres de Itaguaí Guerreiras e Articuladoras Sociais (A.M.I.G.A.S.) Atende Mulheres do Engenho, Catadores e Vítimas de Enchentes por meio da Cozinha Afetiva, Educação, Geração de Renda

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Iniciativa: Associação de Mulheres de Itaguaí — Guerreiras e Articuladoras Sociais (A.M.I.G.A.S.)
Contato: Facebook | Instagram | +55 (21) 98660-6686 (WhatsApp e ligações)
Ano de Fundação: 2015
Comunidade: Engenho, Itaguaí, Baixada Fluminense
Missão: Promover a inclusão social, transformando vidas e realidades por meio da educação, arte e cultura, para a comunidade em geral. Garantir os direitos humanos, com foco na geração de emprego e renda.
Eventos Públicos: Cozinha Afetiva Comunitária Sustentável, dentro da sede da Associação de Moradores do Engenho (A.M.E.), onde, às segundas e quartas, às 18h, o jantar é servido gratuitamente. Aos domingos, o café da manhã é gratuito para a comunidade entre 9h e 10h, enquanto o almoço é servido às 12h30.
Como Contribuir: As doações físicas podem ser feitas na Rua Manoel Soares da Costa, 13 – Engenho – Itaguaí. Transferências bancárias através do PIX cozinhaafetivacomunitaria@gmail.com ou conta: Banco: CORA SCD (Código 403) | Conta Corrente: 2053522-9 | Nome: Cozinha Afetiva Comunitária Sustentável

Anna Paula Sales mora em Itaguaí há mais de vinte anos. Originalmente de Pedra de Guaratiba, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, ela se tornou uma moradora conhecida e respeitada da comunidade. Essa comunidade é o Engenho, uma favela com cerca de 20.000 moradores, em Itaguaí.

“Criei meus filhos aqui. Meus filhos estudaram aqui. Nossas raízes estão aqui.” — Anna Paula Sales

O município de Itaguaí está localizado na Baixada Fluminense. Embora seja um subúrbio do Rio, é muito isolado do restante da região metropolitana. “[Itaguaí] não tem mobilidade urbana”, diz Anna, “não dá para chegar nem sair daqui, porque de qualquer jeito você vai passar três horas no transporte público”. Esse isolamento dos moradores de Itaguaí das localidades com oferta de empregos mais lucrativos, mais perto do centro do Rio, levou a bolsões com altos níveis de pobreza na cidade, como na comunidade de Anna Paula. De muitas maneiras, os moradores do Engenho vivem não apenas fisicamente na periferia do Rio, mas também social, política e economicamente.

Desde 2015, Anna Paula Sales é uma figura importante na liderança das mulheres de A.M.I.G.A.S., sigla para Associação de Mulheres de Itaguaí – Guerreiras e Articuladoras Sociais. Falando sobre as raízes da organização, Anna pontua que, agora, a instituição tem um escopo ainda mais abrangente do que antes.

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Providência Agroecológica Empodera a Primeira Favela do Brasil

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Iniciativa: Providência Agroecológica
Contato: Facebook | Instagram | YouTube | WhatsApp +55 (21) 994659760
Ano de fundação: 2013
Comunidade: Morro da Providência
Missão: Contribuir para a promoção da saúde, da educação e das práticas culturais populares e tradicionais por meio da agroecologia no Morro da Providência.
Eventos públicos: Participação em feiras, exposições, seminários e outros eventos, bem como aulas locais, oficinas, rodas de conversa, mutirões de plantio e outras práticas ecológicas na favela. Confira a página do projeto no Instagram para obter mais informações.
Como contribuir: Apoie a Providência Agroecológica por meio de contribuições financeiras, voluntariado ou participação em suas atividades. Para mais informações e atualizações, siga a página no Instagram ou acesse sua campanha de captação na Benfeitoria.

No Morro da Providência, a primeira comunidade denominada favela no Brasil, fundada em 1897, uma iniciativa notável vem transformando vidas e paisagens: a Providência Agroecológica, fruto do trabalho de Alessandra Roque e Lorena Portela, desde 2013. Enraizada na agroecologia, educação ambiental, saúde e bem-estar da comunidade, o projeto é coordenado por mulheres e aborda questões urgentes de segurança alimentar, qualidade ambiental e fortalecimento do tecido social em uma área negligenciada pelos serviços públicos. A iniciativa também oferece educação artística aos moradores, especialmente crianças, definindo-se como “uma escola em construção”.

Nascimento e Crescimento da Providência Agroecológica

Alessandra Roque, Lorena Portela e Elisangela Almeida fundaram a Providência Agroecológica para oferecer um espaço que fortalecesse o sentimento de pertencimento da comunidade. As atividades dessa iniciativa iniciaram em 2013, e se conectam aos desafios de um urbanismo vinculado às Olimpíadas de 2016. O Estado e os empreiteiros, não cumprindo seus compromissos sociais e ambientais com a região, impulsionaram a ação das moradoras.

Por exemplo, o Comitê Olímpico doou 12,000 sementes para reflorestamento nas Olimpíadas do Rio de Janeiro. Enquanto isso, na Providência, duas moradoras se mobilizaram e sozinhas plantaram um número impressionante de 14.000 sementes para reflorestar uma área desmatada do Morro, de acordo com Alessandra.”

Sua visão de autogestão baseada na ecologia responde às ausências dos serviços públicos, que não fornecem recursos básicos, como água e eletricidade, para sua casa. Inicialmente, a área onde ela mora era usada para o descarte de lixo. Aos poucos, ela começou a limpar e transformar o terreno em um espaço para uso comunitário, com base em tecnologias ancestrais e estratégias de vida da favela. Desde então, juntando-se a iniciativa ambiental Horta Inteligente, que era realizada por outras mulheres no Morro, os projetos evoluíram para o que é hoje: uma organização centrada na educação e focada na saúde comunitária e na recuperação e revitalização ambiental por meio de práticas ecológicas que adaptam para as favelas conhecimentos indígenas e da diáspora africana.

Lorena Portela, que já atuava na Horta Inteligente, coordena a Providência Agroecológica junto com Alessandra, desde que as duas iniciativas se unificaram. 

“Somos um projeto de agroecologia que está voltado para a educação e para a saúde. Então, a gente trabalha com crianças e mulheres principalmente, ensinando sobre plantas medicinais e alimentícias a partir de conhecimentos tradicionais e populares, que envolvem a saúde, além de práticas culturais e artísticas.” — Lorena Portela

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NOPH Traz Debate Sobre a Importância da Memória e União das Comunidades Faveladas de Santa Cruz

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No dia 22 de julho, o Núcleo de Orientação e Pesquisa Histórica de Santa Cruz (NOPH), através do seu projeto Histórias Conectadas, realizou a live interativa, “Sub-bairros de Santa Cruz: comunidades faveladas?” Os seis palestrantes do evento falaram de como é imprescindível o ato de “parar e conversar” para refletir sobre as histórias de pessoas, lugares e momentos do bairro de Santa Cruz, Zona Oeste.

O debate—mediado pelo professor, historiador e coordenador geral do NOPH, Bruno Almeida—reuniu: o ativista sociocultural e roteirista, Thiago de Jesus, que está à frente de projetos sociais para impactar positivamente as favelas do Rollas e de Antares; o artista plástico e mobilizador social, Ricardo Rodrigues, membro do Cerro Corá Moradores em Movimento; a fundadora da Coosturart e do Espaço Cultural Zona Oeste, Cláudia Pereira; a professora de artes, Dayane Medeiros, que é coordenadora do projeto Missão Arte e Educação realizado pelo Coletivo Artístico Sustentável e Alternativo (CASA), na Favela do Aço; o professor e historiador, Guaraci Rosa, coordenador de pesquisa da Casa de Memória Paciente (Camempa); e o vice-presidente da Associação de Moradores de Antares, Leonardo Ribeiro. Na plateia estavam ativistas, agitadores culturais e moradores de Santa Cruz e adjacências.

História, Empatia e Reconhecimento

A roda de conversa trouxe falas de mobilizadores locais sobre as comunidades faveladas de Santa Cruz e de convidados de outras zonas da cidade, criando um rico mosaico de iniciativas comunitárias, histórias e memórias.

Para abrir a noite, o primeiro palestrante Thiago de Jesus—que durante a pandemia do coronavírus tem feito diversas ações sociais e projetos dentro das favelas do Rollas e do Dreno—destacou o documentário que realizou, As Márcias. O documentário conta a história de duas moradoras, das favelas do Rollas e de Antares, que têm em comum não só o nome Márcia, mas também a vontade de ajudar e promover o desenvolvimento de suas comunidades. As Márcias atuaram incansavelmente para ajudar as vítimas da enchente, em suas comunidades, em 2019. Thiago explicou que o documentário As Márcias tem o objetivo de trazer visibilidade a essas pessoas guerreiras e heroínas que muitas vezes não estavam sendo visibilizadas dentro e fora da comunidade. “Fui mostrar a realidade das pessoas da comunidade, e o que a gente passou naquele momento”, finalizou.

Ricardo Rodrigues ajudou a abrir o evento e seu debate central sobre a denominação ‘favela’ no contexto de Santa Cruz. O artista da favela do  Cerro Corá no Cosme Velho, na Zona Sul, deixa claro a importância do termo favela para ele: “Eu sou a favela! Eu vivo a favela. A minha vivência é lá e não sei como seria viver fora do espaço. Porque todos me conhecem e eu conheço todo mundo. Mesmo que eu saísse de lá para morar em outra favela me sentiria abraçado, recebido e bem recepcionado”.

Ricardo completa dizendo que as definições de favela e comunidade são as mesmas assim como os problemas sociais, “entre os termos favela e comunidade eu prefiro me autodeclarar como favelado, pois não muda nada… Apesar de eu morar na Zona Sul temos todas as mazelas de qualquer favela do Brasil, da Zona Oeste ou de qualquer outro lugar. Falta água, falta luz, às vezes lixo abandonado, esgoto a céu aberto”.

Ricardo trouxe para a conversa a sua experiência no projeto Memórias do Cerro Corá. Ele contou que na sua comunidade “havia uma menina que o irmão morreu no tráfico. Antes de falecer, ele se desfez de todas as fotos que tinha. Mas nós achamos e colocamos na exposição que realizamos. A emoção dela foi contagiante”. Ricardo descreve como projetos de memória como o Memórias do Cerro Corá e os “ecomuseus não são só espaços quadrados [em áreas fechadas], pois envolvem todo o lugar desde o começo da ladeira Cerro Corá até os Guararapes. Nosso maior acervo são os moradores”. O artista plástico iria trazer para o NOPH a sua exposição “Favelando”, que foi adiada devido à pandemia. Na opinião de Ricardo a união das comunidades faveladas locais é importante para todos que habitam em Santa Cruz e adjacências.

Cláudia Pereira, moradora do Conjunto Liberdade na Avenida João XXIII, em Santa Cruz, discorreu sobre a nostalgia que o bairro proporciona para quem é cria da Zona Oeste. “Meus avôs e meus pais trabalharam na Rádio Brás, meu avô recebeu de indenização um sítio na Rua Primeira, onde passei minha infância. Meu pai foi o primeiro negro a ser bancário do BANERJ, estudei no Colégio Delta. Eu conheço cada ruela de Sepetiba“. Com o olhar cultural sempre atento, após a separação dos pais, a ativista social conta que passou a frequentar o sub-bairro João XXIII: “Minhas tias sempre diziam: ‘Não vai para lá! [O outro lado da] linha do trem não presta, não senta do outro lado. O pessoal de Antares leva farofa para o carnaval'”.

Sobre a nomeação das comunidades na região, Cláudia dá o seu posicionamento: “cada comunidade tem que se entitular da maneira que ela achar bom e como ela se vê. Tem que se basear na liberdade [essa decisão].” E completa suas reflexões sobre o amadurecimento da região: “estamos conseguindo sair do eixo político que é o que mais afundou a Zona Oeste. Eram grandes faroestes dos que queriam se eleger, e sumiam. Eu lembro quando íamos para Famerj, ônibus lotado, para lutar pelos direitos”.


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Museu Sankofa da Rocinha Preserva História e Memória dos Moradores

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Nos últimos oito anos, o Museu da Rocinha Sankofa – Memória e História, na Zona Sul do Rio, vem trabalhando para recuperar a memória coletiva e história da favela, dando aos moradores uma chance de resgatar sua história e transformar o conceito de museu comunitário.

O museu surgiu em 2008, a partir de uma série de discussões em torno do Plano Cultural da Rocinha, mas o desejo de documentar e compartilhar a rica história da Rocinha não é nenhuma novidade. A história teve início décadas antes, com o trabalho de Lygia Segala, professora de antropologia da UFF, que iniciou um projeto de alfabetização na Rocinha, na década de 70, que envolveu alunos coletando histórias e depoimentos de moradores. Junto com Antônio Oliveira, presidente da União-Pró Melhoramentos dos Moradores da Rocinha (UPMMR), e Tânia Regina da Silva, uma líder local na época, eles coletaram cerca de 19.000 fotografias e documentos que se tornaram a base da coleção do Museu Sankofa. Esse trabalho, que foi publicado no livro Varal de Lembranças, destaca a rica história de resistência da Rocinha e os mutirões que os moradores mantêm na sua luta contínua pelo acesso à infraestrutura básica.

De acordo com Antônio Firmino, um dos coordenadores do Museu Sankofa, apresentar esses documentos históricos mostra aos mais novos moradores da Rocinha que “O que você tem hoje é fruto dessa luta passada”.

O museu trabalha com a deliberada intenção de construir uma ponte que ligue a história ao presente. O nome “Sankofa” vem de uma palavra indígena do Oeste Africano, que significa um retorno ao passado para reformular o presente, e é representada pelo símbolo de um pássaro com os pés virados para frente e a cabeça olhando para trás.

“O costume é ver um museu como coisa velha, e é nesse sentido que a gente tenta fazer um contraponto”, diz Antônio Firmino. “Nós estamos falando sobre o passado, mas ele está presente também. Então, é uma memória viva. Não é simplesmente uma coisa nostálgica”.

Com projetos interativos, como a Ação Sonora-Visual realizada no mês de junho, em parceria com o Instituto Moreira Salles, o Museu Sankofa inverte a dinâmica habitual entre museu e comunidade. Juntos, o Instituto e o Museu Sankofa transformaram a Praça da Rua 4 numa exposição multimídia, onde moradores e transeuntes eram convidados a ouvir gravações de áudio com entrevistas de moradores, assistir vídeos, ver fotos e ler memórias impressas. Os participantes também foram convidados a levar para casa um monóculo com uma foto simbólica e lembrança do museu.

“Quando você leva as informações aonde as pessoas estão, ao invés de esperar que as pessoas venham até elas, você cria uma relação diferente”, diz Antônio Firmino.

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Mulheres de Atitude e Compromisso Social da Baixada

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Iniciativa: Associação de Mulheres de Atitude e Compromisso Social (AMAC)
Contato: Site | Facebook | Twitter | Email
Ano de Fundação: 2012
Comunidade: São Bento, Duque de Caxias (Baixada Fluminense)
Missão: Empoderar mulheres, especialmente aquelas que são vítimas de violência doméstica, e educar pessoas sobre como lutar contra as disparidades de gênero.
Eventos Públicos: AMAC organiza doações de comida e roupas, uma caminhada e corrida anual pela conscientização do câncer de mama, e mesas redondas, oficinas e palestras sobre questões femininas. Os eventos podem ser encontrados na página do Facebook da AMAC.

Em um país com notórios altos índices de feminicídio e assédio sexual, a Baixada Fluminense lidera o estado do Rio de Janeiro em casos de violência contra a mulher. Durante anos, as autoridades brasileiras tentaram abordar a violência baseada no gênero—que está intimamente ligada à raça, classe e localização—por meio de leis criminais e políticas de proteção mais severas, com pouco resultado.

Destemida neste cenário aparentemente desanimador, a Associação de Mulheres de Atitude e Compromisso Social (AMAC) continua a fortalecer sua luta em favor das mulheres locais, especialmente àquelas que foram vítimas de violência doméstica. A AMAC é responsável por muitas atividades e movimentos em Duque de Caxias, que visam capacitar as mulheres e educar as comunidades sobre os direitos e questões das mulheres. Com uma variedade de abordagens e origens, as mulheres que comandam essa ONG comunitária mantêm um senso de otimismo e progresso em sua comunidade.

Fundação e História

“Eu fui vítima de violência doméstica dentro do meu casamento. Eu fiquei casada dez anos e separei em 2007. Quebrei o ciclo da violência.”—Nill Santos, fundadora e coordenadora da AMAC.

Nilcimar “Nill” Maria Santos, 47, é motivada a promover a missão da AMAC por sua própria experiência como vítima de violência doméstica a longo prazo nas mãos de seu marido. Ela explica que a violência começou como física, mas se transformou em dano psicológico também—o que, ela diz, ter sido ainda pior.

Ao longo do tempo, explica Nill, a discussão em torno do que constitui a violência contra as mulheres tornou-se mais sutil e extensa: “Antigamente, não tínhamos tanta informação [sobre esse fenômeno] como hoje. Por exemplo, quando me separei do meu marido em 2007, [a violência doméstica] era pouco divulgada; poucas pessoas sabiam”. Além disso, diz Nill, estamos começando a reconhecer socialmente que a violência e a intimidação sexual podem ocorrer no casamento. No entanto, existem segmentos da sociedade que estão atrasados na compreensão da violência motivada por gênero, incluindo alguns homens e mulheres idosas.

Como é o caso de muitas mulheres que deixam relacionamentos tóxicos, Nill se viu deprimida e sem trabalho logo após deixar o marido: “Eu não tinha mais nenhuma forma de me sustentar, fiquei desempregada”. Navegar neste período de instabilidade emocional e econômica é especialmente importante para enfrentar o vórtice vicioso de abuso em que muitas mulheres se encontram.

Assim, o empoderamento financeiro das mulheres por meio do empreendedorismo e das oportunidades de emprego é uma das principais iniciativas empreendidas pela AMAC: “A grande dificuldade delas [para as mulheres com quem trabalhamos] é financeira. Com recursos, elas conseguem fazer os trabalhos e vendem [seus produtos]…” explicam as voluntárias Simone Souza Martins, Cláudia Helena Machado da Matta e Cristiana Antunes.

Nill decidiu fundar a AMAC após sua experiência ao iniciar um clube de futebol em sua comunidade, que foi evoluindo ao longo do ano de 2011, quando começou a incorporar mesas redondas e fóruns nos quais compartilhava sua história com outras pessoas. Ela diz: “O projeto durou um ano com rodas de conversas. Quando falei a minha história, outras mulheres compartilharam suas histórias com a gente, e entenderam que suas experiências eram de violência doméstica”. Nill manteve contato com algumas das mulheres envolvidas nessas reuniões iniciais e construiu o que finalmente se tornaria a ONG conhecida como AMAC.

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Frutchá-Oficina de Alimentação Consciente Viva e Vegana na CDD

A Frutchá – Oficina de Alimentação Consciente Viva e Vegana, é uma iniciativa de Danielle Oliveira, 40 anos, moradora há 15 anos da Cidade de Deus, Zona Oeste. Danielle é culinarista em alimentação crudí-vegana (crua e vegana: alimentos crus de origem exclusivamente vegetal sem produtos de origem animal), trabalha com conservas feitas com vinagre do Kombuchá e alimentos fermentados naturalmente. Danielle busca através das oficinas e dos alimentos que produz disseminar melhores hábitos de vida para a sua comunidade, através da alimentação consciente e de habilidades práticas de cuidados com a saúde e a natureza. Ela acredita que ensinando agroecologia e alimentação saudável, pode-se melhorar a qualidade de vida na comunidade.

Danielle desenvolveu seu aprendizado através de inúmeras oficinas de meio ambiente e alimentação viva (germinação de sementes e brotos, hidratação de castanhas,consumo de vegetais crus entre outras). Deste modo, ela se capacitou a trabalhar desce do cultivo até a preparação dos alimentos para uma mudança nos hábitos. A partir do estudo e benefícios pessoais vivenciados, ela viu a importância de dividir o conhecimento com a sua comunidade, pois percebeu que há falta de informação e por isso muitos consomem alimentos industrializados, alterados quimicamente. “A comunidade tem muito a se beneficiar aprendendo mais sobre alimentação e natureza. Precisamos ter consciência de que tudo que ela tem a nos oferecer só vem a nos beneficiar”, disse ela.

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Iniciativa: Frutchá – Oficina de Alimentação Consciente Viva e Vegana
Contato: WhatsApp 21999714373 | Email
Ano da Fundação: 2017
Comunidade: Cidade de Deus
Missão: Oferecer conscientização e acesso à alimentação saudável e consciente, para a comunidade e a população em geral, através do conhecimento de todo o ciclo alimentício, visando a prevenção e a melhora de doenças já existentes.
Eventos Públicos: Feira de Empreendedores Sustentáveis (FES) em Jacarepaguá.
Como Contribuir: Convidando a iniciativa para se apresentar em oficinas e participar de feiras de empreendedores sustentáveis para lecionar, divulgar e vender seus produtos. Solicitam-se para as oficinas doações de computador, impressora e TV para apresentação de vídeos motivacionais.

A Frutchá – Oficina de Alimentação Consciente Viva e Vegana, é uma iniciativa de Danielle Oliveira, 40 anos, moradora há 15 anos da Cidade de DeusZona Oeste. Danielle é culinarista em alimentação crudí-vegana (crua e vegana: alimentos crus de origem exclusivamente vegetal sem produtos de origem animal), trabalha com conservas feitas com vinagre do Kombuchá e alimentos fermentados naturalmente. Danielle busca através das oficinas e dos alimentos que produz disseminar melhores hábitos de vida para a sua comunidade, através da alimentação consciente e de habilidades práticas de cuidados com a saúde e a natureza. Ela acredita que ensinando agroecologia e alimentação saudável, pode-se melhorar a qualidade de vida na comunidade.

Danielle desenvolveu seu aprendizado através de inúmeras oficinas de meio ambiente e alimentação viva (germinação de sementes e brotos, hidratação de castanhas,consumo de vegetais crus entre outras). Deste modo, ela se capacitou a trabalhar desce do cultivo até a preparação dos alimentos para uma mudança nos hábitos. A partir do estudo e benefícios pessoais vivenciados, ela viu a importância de dividir o conhecimento com a sua comunidade, pois percebeu que há falta de informação e por isso muitos consomem alimentos industrializados, alterados quimicamente. “A comunidade tem muito a se beneficiar aprendendo mais sobre alimentação e natureza. Precisamos ter consciência de que tudo que ela tem a nos oferecer só vem a nos beneficiar”, disse ela.

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Movimento Pró-Saneamento da Baixada

Em muitas comunidades estabelecidas informalmente no Rio de Janeiro a estrutura de saneamento inexistente ou de má qualidade é uma recordação constante de uma longa história de abandono por parte dos governos municipais, estaduais e federais. Na Baixada Fluminense da Região Metropolitana do Rio onde moram aproximadamente três milhões de pessoas, o acesso aos sistemas de água e esgoto é especialmente insuficiente. No município de São João de Meriti na Baixada–apelidado de “formigueiro das Américas” por ter uma das densidades populacionais mais altas no continente–apenas 48,86% da população têm acesso a um sistema de esgoto formal, de acordo com as estatísticas de 2015 do Ministério das Cidades. A ONG Trata Brasil classificou São João entre os dez piores municípios brasileiros com populações acima de 300.000 devido à sua infraestrutura de esgoto, e os moradores estão constantemente frustrados devido à política ineficaz de saneamento público.

O Movimento Pró-Saneamento (MPS), um grupo intergeracional de ativistas da região do Parque Araruama em São João de Meriti, reconhece que o saneamento é político. Os integrantes do movimento engajam-se numa variedade de atividades, desde promover debates públicos sobre o direito à cidade e o desenvolvimento sustentável até pressionar o governo municipal por uma política mais equitativa sobre água, esgoto, e lixo nas suas comunidades. Os seus esforços estimulam conversas sobre saneamento em São João de Meriti e demonstram como a mobilização pública eficaz pode responsabilizar projetos de obras públicas do governo quanto as necessidades dos moradores das comunidades periféricas do Rio.

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 Iniciativa: Movimento Pró-Saneamento e Meio Ambiente da Região do Parque Araruama (MPS)
Contato: Facebook | Email
Ano da Fundação: 2011
Comunidade: Região do Parque Araruama – São João de Meriti, Grande Rio
Missão: “Somos um grupo de moradores da Região do Parque Araruama, de caráter apartidário e não-confessional, reunidos desde o início de 2011, para refletir e propor alternativas que garantam os direitos sociais, ambientais, culturais e econômicos. Lutamos pelo controle social de políticas públicas, programas e projetos governamentais. Estando abertos ao diálogo com todas as forças da sociedade que se empenham pela construção de uma Cidade Social e Ambientalmente Justa”.
Eventos PúblicosO MPS promove discussões, palestras e oficinas sobre os tópicos relacionados ao saneamento e ao meio ambiente na Baixada Fluminense.

Em muitas comunidades estabelecidas informalmente no Rio de Janeiro a estrutura de saneamento inexistente ou de má qualidade é uma recordação constante de uma longa história de abandono por parte dos governos municipais, estaduais e federais. Na Baixada Fluminense da Região Metropolitana do Rio onde moram aproximadamente três milhões de pessoas, o acesso aos sistemas de água e esgoto é especialmente insuficiente. No município de São João de Meriti na Baixada–apelidado de “formigueiro das Américas” por ter uma das densidades populacionais mais altas no continente–apenas 48,86% da população têm acesso a um sistema de esgoto formal, de acordo com as estatísticas de 2015 do Ministério das Cidades. A ONG Trata Brasil classificou São João entre os dez piores municípios brasileiros com populações acima de 300.000 devido à sua infraestrutura de esgoto, e os moradores estão constantemente frustrados devido à política ineficaz de saneamento público.

O Movimento Pró-Saneamento (MPS), um grupo intergeracional de ativistas da região do Parque Araruama em São João de Meriti, reconhece que o saneamento é político. Os integrantes do movimento engajam-se numa variedade de atividades, desde promover debates públicos sobre o direito à cidade e o desenvolvimento sustentável até pressionar o governo municipal por uma política mais equitativa sobre água, esgoto, e lixo nas suas comunidades. Os seus esforços estimulam conversas sobre saneamento em São João de Meriti e demonstram como a mobilização pública eficaz pode responsabilizar projetos de obras públicas do governo quanto as necessidades dos moradores das comunidades periféricas do Rio.

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ReciclAção no Morro dos Prazeres

O projeto ReciclAção começou em 2013, no Morro dos Prazeres, favela no alto do bairro de Santa Teresa, para engajar moradores através da educação ambiental com reciclagem, a fim de conscientizar e melhorar o meio ambiente da comunidade. O ReciclAção foi lançado pela organização comunitária Prevenção Realizada com Organização e Amor—PROA.

O PROA foca em questões de saúde, incluindo a prevenção da propagação de doenças sexualmente transmissíveis e a sensibilização da comunidade para a saúde através da educação. Como uma das iniciativas do PROA, o ReciclAção naturalmente também se concentra no bem-estar físico das pessoas. Ele surgiu da necessidade de lidar com o acúmulo de lixo não recolhido em torno da favela. O lixo não coletado levou à tragédia de 2010, na qual um deslizamento de terra causado em parte por detritos acumulados na encosta matou mais de 30 pessoas e danificou estruturas. Moradores decidiram tomar uma atitude para evitar que isso acontecesse novamente. Em 2011, uma coalizão de grupos ativistas, ONGs, incluindo UNICEF e CEDAPS, e jovens moradores da comunidade iniciaram uma ação para mapear a presença e os riscos de depósitos de lixo num conjunto de dez favelas, inclusive nos Prazeres.

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Iniciativa: ReciclAção
Contato: Facebook | Email
Ano de fundação: 2013
Comunidade: Morro dos Prazeres, Santa Teresa
Missão: Orientar as pessoas para um modo diferente e mais consciente de ver o meio ambiente através da educação ambiental e reciclagem.
Eventos Públicos: Oficinas de reciclagem, aulas de educação ambiental para todas as idades, cafés da manhã abertos para discutir problemas e soluções atuais.

O projeto ReciclAção começou em 2013, no Morro dos Prazeres, favela no alto do bairro de Santa Teresa, para engajar moradores através da educação ambiental com reciclagem, a fim de conscientizar e melhorar o meio ambiente da comunidade. O ReciclAção foi lançado pela organização comunitária Prevenção Realizada com Organização e Amor—PROA.

O PROA foca em questões de saúde, incluindo a prevenção da propagação de doenças sexualmente transmissíveis e a sensibilização da comunidade para a saúde através da educação. Como uma das iniciativas do PROA, o ReciclAção naturalmente também se concentra no bem-estar físico das pessoas. Ele surgiu da necessidade de lidar com o acúmulo de lixo não recolhido em torno da favela. O lixo não coletado levou à tragédia de 2010, na qual um deslizamento de terra causado em parte por detritos acumulados na encosta matou mais de 30 pessoas e danificou estruturas. Moradores decidiram tomar uma atitude para evitar que isso acontecesse novamente. Em 2011, uma coalizão de grupos ativistas, ONGs, incluindo UNICEF e CEDAPS, e jovens moradores da comunidade iniciaram uma ação para mapear a presença e os riscos de depósitos de lixo num conjunto de dez favelas, inclusive nos Prazeres.

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Rocinha Histórica Tour

“É enorme. E a história dela é maior ainda.” Essa é a apresentação, por Fernando Ermiro, da Rocinha, a maior e uma das mais conhecidas favelas do Rio, na Zona Sul da cidade.

Se tem alguém que pode falar da história da comunidade, é ele. Nascido e criado na Rocinha–ele se auto-denomina “autóctone” da comunidade–Fernando é formado em História pela PUC-Rio. Apesar de ter frequentado uma universidade particular e seleta, Fernando encontrou falhas nas aulas de história. “Dentro do curso de história, o que me interessava? História do Brasil, História das Américas. Mas nada fazia sentido. Eu não tinha nenhuma identificação com aquela história. A História do Brasil [como ensinada] não tem nada a ver com o povo brasileiro”. A partir dessa crítica aos estudos tradicionais da história, surgiu a vontade de Fernando em concentrar-se nas histórias da sua própria comunidade, sua história social.

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Iniciativa: Rocinha Histórica
ContatoFacebook | Email
Ano de Fundação: 2014
Comunidade: Rocinha
Missão: Rocinha Histórica Tour, na favela da Rocinha, oferece a experiência de vivenciar positivamente o cotidiano da comunidade.
Eventos PúblicosCom mais de 100.000 moradores, cruzamos a pé becos e vielas. Rocinha Histórica divulga as próximas datas de passeios em sua página do Facebook; a participação pode ser agendada pelo WhatsApp (+21 99099 7006) ou pelo Facebook. No dia 19 de maio de 2018, o Rocinha Histórica comemorou a Semana de Museus com um tour pela Rocinha e uma mesa-redonda que debateu o tema “Memória/Turismos de Base Comunitária/Violações de Direitos”.

“É enorme. E a história dela é maior ainda.” Essa é a apresentação, por Fernando Ermiro, da Rocinha, a maior e uma das mais conhecidas favelas do Rio, na Zona Sul da cidade.

Se tem alguém que pode falar da história da comunidade, é ele. Nascido e criado na Rocinha–ele se auto-denomina “autóctone” da comunidade–Fernando é formado em História pela PUC-Rio. Apesar de ter frequentado uma universidade particular e seleta, Fernando encontrou falhas nas aulas de história. “Dentro do curso de história, o que me interessava? História do Brasil, História das Américas. Mas nada fazia sentido. Eu não tinha nenhuma identificação com aquela história. A História do Brasil [como ensinada] não tem nada a ver com o povo brasileiro”. A partir dessa crítica aos estudos tradicionais da história, surgiu a vontade de Fernando em concentrar-se nas histórias da sua própria comunidade, sua história social.

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‘Os Artistas Cidadãos’ do Cine & Rock, em Rio das Pedras

Ao chegar de tarde na comunidade Rio das Pedras, na antiga Praça dos Pinheiros, conhecida hoje como Praça dos Rockeiros, visitantes curiosos podem se deparar com crianças de todas as idades, brincando de perna-de-pau ou fazendo capoeira, acompanhadas por Léu Oliveira, fundador do Movimento Cultural Cine e Rock.

Originário de Brasília—considerada capital nacional do Rock—Léu se formou em Ciências Sociais com ênfase em Produção e Políticas Culturais. Ao longo do seu percurso, se especializou em comunicação social e produção cultural. Enquanto produtor cultural, membro do Conselho Nacional de Políticas Culturais (CNPC) e parecerista do Ministério do Cultura, Léu sempre considerou a arte como agente potente de transformação social e cultural. Para tal, dentre outras, ele tem trabalhado com técnicas do Teatro do Oprimido.

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Iniciativa: Cine & Rock
Contato:
Blog | Facebook | Email
Ano de Fundação: 2013
Comunidade:
Rio das Pedras
Missão:
Promover o fortalecimento da cidadania plena e da justiça social através do desenvolvimento das culturas urbanas como meio democrático de transformação social.
Eventos Públicos:
Conjunto de ações afirmativas como ensaio das bandas em estúdios, exibição de filmes, apresentações de bandas de rock com shows ao vivo em praças públicas para um público adulto e infantil. Confira a página do Cine & Rock no Facebook para mais informações.
Como Contribuir:
Divulgue e participe dos eventos, apoie financeiramente a iniciativa. A iniciativa está precisando de computadores.

Ao chegar de tarde na comunidade Rio das Pedras, na antiga Praça dos Pinheiros, conhecida hoje como Praça dos Rockeiros, visitantes curiosos podem se deparar com crianças de todas as idades, brincando de perna-de-pau ou fazendo capoeira, acompanhadas por Léu Oliveira, fundador do Movimento Cultural Cine e Rock.

Originário de Brasília—considerada capital nacional do Rock—Léu se formou em Ciências Sociais com ênfase em Produção e Políticas Culturais. Ao longo do seu percurso, se especializou em comunicação social e produção cultural. Enquanto produtor cultural, membro do Conselho Nacional de Políticas Culturais (CNPC) e parecerista do Ministério do Cultura, Léu sempre considerou a arte como agente potente de transformação social e cultural. Para tal, dentre outras, ele tem trabalhado com técnicas do Teatro do Oprimido.

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CocôZap: Mídia Social e Dados do Cidadão para Melhorar o Saneamento da Maré

Nas favelas do Complexo da Maré na Zona Norte do Rio de Janeiro, o data_labe está usando dados para disseminar novas narrativas por moradores de favelas e das periferias urbanas. Nascido do Observatório das Favelas, também situado dentro da Maré, em 2016, o data_labe era originalmente composto por cinco jovens versados em dados quantitativos. Além de gerar reportagens baseadas em dados públicos, o grupo também realizou programas de treinamento para jovens e mapeou iniciativas de comunicação nas favelas.

O data_labe se tornou uma entidade independente em 2017, e a organização agora emprega dez membros de diferentes origens em sua equipe. O trabalho é focado em três frentes distintas: jornalismo, educação e produção de dados gerados pelo cidadão (DGC), o que, de acordo com o coordenador do data_labe Gilberto Vieira, consiste em “como que as pessoas podem produzir dados por si mesmos, e como elas podem se engajar na produção de dados sem ser um instituto de pesquisa formal”. Para Gilberto e toda a equipe do data_labe, os dados públicos e os DGC constituem ferramentas poderosas para influenciar as narrativas sobre a cidade do Rio e seus moradores.

Uma das principais áreas de DGC do data_labe é o saneamento básico. Motivados pela ideia de “construir um canal de denúncia, debate e proposição para saneamento básico”, Gilberto e seus colegas formularam planos para uma nova iniciativa em 2016: o CocôZap. O CocôZap dá aos moradores a oportunidade de fazerem denúncias acerca de violações de saneamento na Maré. Os moradores que encontrarem vazamentos de águas residuais não tratadas, lixo não coletado ou falta de acesso à água limpa podem enviar uma mensagem e fotos a uma conta de WhatsApp administrada pelo data_labe. Gilberto e outros membros da equipe do CocôZap então sobem o relato para um banco de dados online, que inclui data de observação, descrição do problema sanitário, categoria do problema, frequência na qual o problema ocorre e localização. Além do banco de dados, a equipe do CocôZap mapeia cada problema reportado. Uma vez que os dados estão organizados e mapeados, Gilberto e seus colegas usam a informação para criar relatórios e apresentações sobre os problemas sanitários e seus impactos sobre os moradores da Maré.

No futuro, a equipe do CocôZap espera que esses relatos baseados em dados auxiliem os moradores no diálogo com o setor público. Historicamente, foram os próprios moradores da Maré e de outras favelas da cidade que garantiram a infraestrutura de saneamento para eles mesmos, a partir de mobilizações para pressionar o governo a proverem serviços públicos básicos. O CocôZap espera proporcionar um avanço tecnológico a essa mobilização já profundamente enraizada. “CocôZap ajuda manter os moradores da Maré em um lugar de protagonismo político”, explica Gilberto. Por promover a coleta de DGC e produzir conteúdo baseado em dados locais, o CocôZap está trazendo o debate do saneamento de volta à população.

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Iniciativa: CocôZap
Contato: Website | Blog |Facebook | Twitter| Email
Ano de Fundação: 2017
Comunidade: Complexo da Maré
Missão: Fazer o debate acerca do saneamento básico dentro das favelas ser mais acessível a partir da ação direta do cidadão na produção de dados, do monitoramento das políticas públicas, da geração de narrativas contra-hegemônicas em debates públicos e de mutirões.
Eventos Públicos: O CocôZap organiza mutirões comunitários na Maré e fóruns públicos sobre problemas de saneamento.
Como Contribuir: Doar, colaborar com a coleta de dados e ajudar a aumentar a visibilidade do projeto.

Nas favelas do Complexo da Maré na Zona Norte do Rio de Janeiro, o data_labe está usando dados para disseminar novas narrativas por moradores de favelas e das periferias urbanas. Nascido do Observatório das Favelas, também situado dentro da Maré, em 2016, o data_labe era originalmente composto por cinco jovens versados em dados quantitativos. Além de gerar reportagens baseadas em dados públicos, o grupo também realizou programas de treinamento para jovens e mapeou iniciativas de comunicação nas favelas.

O data_labe se tornou uma entidade independente em 2017, e a organização agora emprega dez membros de diferentes origens em sua equipe. O trabalho é focado em três frentes distintas: jornalismo, educação e produção de dados gerados pelo cidadão (DGC), o que, de acordo com o coordenador do data_labe Gilberto Vieira, consiste em “como que as pessoas podem produzir dados por si mesmos, e como elas podem se engajar na produção de dados sem ser um instituto de pesquisa formal”. Para Gilberto e toda a equipe do data_labe, os dados públicos e os DGC constituem ferramentas poderosas para influenciar as narrativas sobre a cidade do Rio e seus moradores.

Uma das principais áreas de DGC do data_labe é o saneamento básico. Motivados pela ideia de “construir um canal de denúncia, debate e proposição para saneamento básico”, Gilberto e seus colegas formularam planos para uma nova iniciativa em 2016: o CocôZap. O CocôZap dá aos moradores a oportunidade de fazerem denúncias acerca de violações de saneamento na Maré. Os moradores que encontrarem vazamentos de águas residuais não tratadas, lixo não coletado ou falta de acesso à água limpa podem enviar uma mensagem e fotos a uma conta de WhatsApp administrada pelo data_labe. Gilberto e outros membros da equipe do CocôZap então sobem o relato para um banco de dados online, que inclui data de observação, descrição do problema sanitário, categoria do problema, frequência na qual o problema ocorre e localização. Além do banco de dados, a equipe do CocôZap mapeia cada problema reportado. Uma vez que os dados estão organizados e mapeados, Gilberto e seus colegas usam a informação para criar relatórios e apresentações sobre os problemas sanitários e seus impactos sobre os moradores da Maré.

No futuro, a equipe do CocôZap espera que esses relatos baseados em dados auxiliem os moradores no diálogo com o setor público. Historicamente, foram os próprios moradores da Maré e de outras favelas da cidade que garantiram a infraestrutura de saneamento para eles mesmos, a partir de mobilizações para pressionar o governo a proverem serviços públicos básicos. O CocôZap espera proporcionar um avanço tecnológico a essa mobilização já profundamente enraizada. “CocôZap ajuda manter os moradores da Maré em um lugar de protagonismo político”, explica Gilberto. Por promover a coleta de DGC e produzir conteúdo baseado em dados locais, o CocôZap está trazendo o debate do saneamento de volta à população.

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Lata Doida: Ritmo e Reciclagem em Realengo

A cena musical do Rio de Janeiro é tão diversa e vibrante quanto seus moradores. Do samba à bossa nova e ao funk carioca, a cidade produz um universo de sons e estilos populares em todo o mundo. Na Zona Oeste do Rio, no subúrbio de Realengo, um grupo extraordinário de jovens músicos está deixando sua marca não só na cena musical carioca, mas também na luta pelo desenvolvimento sustentável nas periferias urbanas do Rio.

Seu nome é Lata Doida, e uma rápida visita ao seu canal no YouTube revela sua mescla única de estilos e ritmos afro-Americanos, incluindo funk, samba, maracatu e blues. O nome Lata Doida surgiu do uso de instrumentos construídos à mão a partir de resíduos e materiais descartados encontrados no bairro. De guitarras feitas de calotas e tábuas de corte à marimbas feitas de caixotes de madeira e garrafas PET, os instrumentos reciclados do Lata Doida se tornaram uma marca registrada da sua plataforma de sustentabilidade.

De acordo com o músico e co-fundador Vandré Nascimento, “ficou esse nome Lata Doida por conta da oficina de música que a gente fazia desde o início, que acontecia com materiais que a gente tinha na mão. O que tem mais a ver com a sustentabilidade no trabalho da música é a preocupação com a reutilização de materiais. Também é uma forma da sustentabilidade econômica“. Ainda que hoje em dia o Lata Doida possa ser visto se apresentando em qualquer lugar, do Arpoador naZona Sul à Praça XV no Centro, as raízes do grupo sempre pertencerão a Realengo.

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Iniciativa: Lata Doida
Contato:
Facebook | YouTube | Instagram
Ano deFundação:
2008
Comunidade:
Realengo
Missão:
Promover experiências artísticas criativas, educacionais e sustentáveis, contribuindo para uma sociedade mais humana e menos desigual, que seja capaz de se desenvolver em harmonia com o meio ambiente.
Eventos Públicos:
A Banda Lata Doida realiza shows por toda a cidade do Rio de Janeiro. O Lata Doida também organiza oficinas de música, artes e trabalhos manuais em Realengo.
Como Contribuir:
Embora o Lata Doida normalmente não aceite doações monetárias, por conta da pandemia e da crise econômica, a organização está precisando de apoio para ajudar a cobrir os custos de aluguel e contas de energia. Contatar Vânia Nascimento, Vanielle Bethania, ou Vandré Nascimento através da Página do Facebook do Lata Doida.

A cena musical do Rio de Janeiro é tão diversa e vibrante quanto seus moradores. Do samba à bossa nova e ao funk carioca, a cidade produz um universo de sons e estilos populares em todo o mundo. Na Zona Oeste do Rio, no subúrbio de Realengo, um grupo extraordinário de jovens músicos está deixando sua marca não só na cena musical carioca, mas também na luta pelo desenvolvimento sustentável nas periferias urbanas do Rio.

Seu nome é Lata Doida, e uma rápida visita ao seu canal no YouTube revela sua mescla única de estilos e ritmos afro-Americanos, incluindo funk, samba, maracatu e blues. O nome Lata Doida surgiu do uso de instrumentos construídos à mão a partir de resíduos e materiais descartados encontrados no bairro. De guitarras feitas de calotas e tábuas de corte à marimbas feitas de caixotes de madeira e garrafas PET, os instrumentos reciclados do Lata Doida se tornaram uma marca registrada da sua plataforma de sustentabilidade.

De acordo com o músico e co-fundador Vandré Nascimento, “ficou esse nome Lata Doida por conta da oficina de música que a gente fazia desde o início, que acontecia com materiais que a gente tinha na mão. O que tem mais a ver com a sustentabilidade no trabalho da música é a preocupação com a reutilização de materiais. Também é uma forma da sustentabilidade econômica“. Ainda que hoje em dia o Lata Doida possa ser visto se apresentando em qualquer lugar, do Arpoador naZona Sul à Praça XV no Centro, as raízes do grupo sempre pertencerão a Realengo.

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Vai na Web: Empoderamento Através da Programação nos Prazeres e Alemão

O Morro dos Prazeres e o Complexo do Alemão exemplificam as muitas diferenças geográficas, demográficas, econômicas e culturais entre as numerosas favelas cariocas. Construído em uma encosta, com ângulo de 55 graus, do bairro de Santa Teresa, o Morro dos Prazeres—que abriga aproximadamente 10.000 habitantes, segundo os moradores—tem poucas ruas formais e está entre as áreas urbanizadas situadas nas maiores altitudes do Rio. Apesar da proximidade geográfica do bairro com o Centro do Rio, os moradores dos Prazeres relatam acesso precário a empregos estáveis, um cenário agravado pelo relativamente limitado comércio local e acesso ao transporte público, na área.

Enquanto isso, na Zona Norte do Rio, o Complexo do Alemão é um complexo de 17 favelas que abriga mais de 150.000 habitantes, segundo organizações locais (em comparação com dados do censo que apontam a população em 70.000). Embora vários morros proeminentes estejam sob as áreas do Alemão, grande parte do território é plano. Com uma economia local vibrante e diversificada, o Alemão se parece com uma cidade dentro de uma cidade. Sua localização na Zona Norte, em grande parte residencial e de classe média baixa, no entanto, coloca os moradores à distância de muitas oportunidades de carreira com maior potencial de ganhos e centros de formação.

Trabalhando no contexto dessas duas favelas muito diferentes, uma organização engenhosa e florescente começou a causar impacto na vida de centenas de famílias. Essa organização, Vai na Web, realiza programas de nove meses de duração que oferecem aos jovens locais capacitações valiosas em termos de carreira em ciência da computação, finanças e comunicações—campos que a organização identificou que carecem de novos profissionais.

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Iniciativa: Vai na Web
Contato:
Website | Facebook | Instagram | Email
Ano de Fundação: 2017
Comunidade:
Morro dos Prazeres (Centro) e Complexo do Alemão (Zona Norte)
Missão:
Promover a melhoria da comunidade através da prosperidade socialmente justa.
Eventos Públicos: Plataformas na Web e em aplicativos centrados na educação, no financiamento de projetos sociais e na articulação de ativistas apoiadores.
Como Contribuir:
Voluntariar-se e doar para a organização, contratar um profissional formado pelo programa ou patrocinar um possível aluno.

O Morro dos Prazeres e o Complexo do Alemão exemplificam as muitas diferenças geográficas, demográficas, econômicas e culturais entre as numerosas favelas cariocas. Construído em uma encosta, com ângulo de 55 graus, do bairro de Santa Teresa, o Morro dos Prazeres—que abriga aproximadamente 10.000 habitantes, segundo os moradores—tem poucas ruas formais e está entre as áreas urbanizadas situadas nas maiores altitudes do Rio. Apesar da proximidade geográfica do bairro com o Centro do Rio, os moradores dos Prazeres relatam acesso precário a empregos estáveis, um cenário agravado pelo relativamente limitado comércio local e acesso ao transporte público, na área.

Enquanto isso, na Zona Norte do Rio, o Complexo do Alemão é um complexo de 17 favelas que abriga mais de 150.000 habitantes, segundo organizações locais (em comparação com dados do censo que apontam a população em 70.000). Embora vários morros proeminentes estejam sob as áreas do Alemão, grande parte do território é plano. Com uma economia local vibrante e diversificada, o Alemão se parece com uma cidade dentro de uma cidade. Sua localização na Zona Norte, em grande parte residencial e de classe média baixa, no entanto, coloca os moradores à distância de muitas oportunidades de carreira com maior potencial de ganhos e centros de formação.

Trabalhando no contexto dessas duas favelas muito diferentes, uma organização engenhosa e florescente começou a causar impacto na vida de centenas de famílias. Essa organização, Vai na Web, realiza programas de nove meses de duração que oferecem aos jovens locais capacitações valiosas em termos de carreira em ciência da computação, finanças e comunicações—campos que a organização identificou que carecem de novos profissionais.

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O Ecomuseu de Sepetiba

No início de uma manhã quente de setembro, no distante bairro de Sepetiba, Zona Oeste do Rio, um grande grupo de moradores e visitantes reuniu-se ao redor do coreto histórico à beira-mar para o Passeio de Reconhecimento mensal do Ecomuseu de Sepetiba. O Professor Luiz Bolete os recebeu dando a oportunidade para todos fazerem seus próprios instrumentos reutilizando garrafas plásticas, seguida de uma oficina de percussão. Na sequência, o grupo aumentou para acompanhar uma cerimônia de prêmios reconhecendo as contribuições mais marcantes para a comunidade. Finalmente, Emerson, um professor local de educação física, conduziu uma sessão de alongamento e aquecimento antes do início do passeio. Bianca Wild, membro fundadora do ecomuseu e professora de sociologia da Secretaria de Estado de Educação do Rio de janeiro (SEEDUC), dirigiu-se aos participantes. “Quem está aqui pela primeira vez vai conhecer uma Sepetiba diferente”, ela disse. “[O propósito do passeio] é tornar visível Sepetiba e divulgar a história desse bairro para que os moradores elevem sua autoestima, que é um elemento basilar para mobilização e para luta”.

Os eventos da manhã e o passeio histórico-ecológico demonstraram o modelo de união comunitária e o orgulho que o Ecomuseu de Sepetiba espera estimular em uma comunidade de 60.000 pessoas que enfrenta poluição, estagnação econômica, e periferização. O grupo visitou ruínas imperiais e sítios arqueológicos indígenas enquanto apreciava a vista deslumbrante da Baía de Sepetiba.

“A gente não tem uma sede. Nosso museu, nosso acervo, nosso prédio é Sepetiba inteira. É o bairro inteiro. É um museu de baixo para cima”, explicou Bianca. Como um museu territorial que reflete uma ‘nova museologia’ ou museologia ‘social’, o conceito de ecomuseu deve ser “consciente da comunidade, com o objetivo de desenvolver o território que habita, a partir da valorização da história local e do patrimônio (natural e cultural) nele existente”, de acordo com o ecomuseu da vizinha Santa Cruz. O Ecomuseu de Sepetiba é um dos muitos movimentos de museologia social que acontecem nas favelas do Rio como plataformas de resistência. Ele busca descobrir as relações entre seus moradores, a história e o meio ambiente para mobilizar por mudanças positivas.

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Iniciativa: Ecomuseu de Sepetiba
ContatoBlog | Site | Facebook | Email
Ano da Fundação: 2007
Comunidade: Sepetiba
Missão: “Pesquisar, manter, documentar, decifrar, valorizar, e disseminar testemunhos do homem e do meio, objetivando colaborar para a construção e a transmissão das memórias coletivas, e para um desenvolvimento local sustentável e integral.”
Eventos Públicos: Passeio de Reconhecimento e Ecoturístico, 1° domingo de cada mês
Como ContribuirO Ecomuseu busca pesquisadores de todas as origens para ajudar em seu trabalho sobre a história da comunidade e ecologia. Solicitam-se doações de livros, especialmente aqueles escritos em braille, para sua biblioteca comunitária.

No início de uma manhã quente de setembro, no distante bairro de SepetibaZona Oeste do Rio, um grande grupo de moradores e visitantes reuniu-se ao redor do coreto histórico à beira-mar para o Passeio de Reconhecimento mensal do Ecomuseu de Sepetiba. O Professor Luiz Bolete os recebeu dando a oportunidade para todos fazerem seus próprios instrumentos reutilizando garrafas plásticas, seguida de uma oficina de percussão. Na sequência, o grupo aumentou para acompanhar uma cerimônia de prêmios reconhecendo as contribuições mais marcantes para a comunidade. Finalmente, Emerson, um professor local de educação física, conduziu uma sessão de alongamento e aquecimento antes do início do passeio. Bianca Wild, membro fundadora do ecomuseu e professora de sociologia da Secretaria de Estado de Educação do Rio de janeiro (SEEDUC), dirigiu-se aos participantes. “Quem está aqui pela primeira vez vai conhecer uma Sepetiba diferente”, ela disse. “[O propósito do passeio] é tornar visível Sepetiba e divulgar a história desse bairro para que os moradores elevem sua autoestima, que é um elemento basilar para mobilização e para luta”.

Os eventos da manhã e o passeio histórico-ecológico demonstraram o modelo de união comunitária e o orgulho que o Ecomuseu de Sepetiba espera estimular em uma comunidade de 60.000 pessoas que enfrenta poluição, estagnação econômica, e periferização. O grupo visitou ruínas imperiais e sítios arqueológicos indígenas enquanto apreciava a vista deslumbrante da Baía de Sepetiba.

“A gente não tem uma sede. Nosso museu, nosso acervo, nosso prédio é Sepetiba inteira. É o bairro inteiro. É um museu de baixo para cima”, explicou Bianca. Como um museu territorial que reflete uma ‘nova museologia’ ou museologia ‘social’, o conceito de ecomuseu deve ser “consciente da comunidade, com o objetivo de desenvolver o território que habita, a partir da valorização da história local e do patrimônio (natural e cultural) nele existente”, de acordo com o ecomuseu da vizinha Santa Cruz. O Ecomuseu de Sepetiba é um dos muitos movimentos de museologia social que acontecem nas favelas do Rio como plataformas de resistência. Ele busca descobrir as relações entre seus moradores, a história e o meio ambiente para mobilizar por mudanças positivas.

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EDUCAP: Espaço Democrático e Abrangente do Alemão

O Espaço Democrático de União, Convivência, Aprendizagem e Prevenção, conhecido como EDUCAP, é uma ONG comunitária localizada no Complexo do Alemão na Zona Norte do Rio de Janeiro. A educadora e organizadora, nascida e criada no Alemão, Lúcia Cabral, fundou a organização em 2008 para adotar uma gama de projetos com foco na saúde e educação dos moradores da favela. Nove anos depois, o EDUCAP ocupa uma colorida sede feita de contêineres empilhados na rua Canitar, construído em parceria com a Embaixada Britânica e inaugurada pelo Príncipe Harry. Lúcia tornou o EDUCAP um espaço de aprendizagem, eventos comunitários e parcerias produtivas com outras ONGs e projetos comunitários.

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IniciativaEspaço Democrático de União, Convivência, Aprendizagem e Prevenção (EDUCAP)
Contato: Facebook | Email
Ano de Fundação: 2008
Comunidade: Complexo do Alemão
Missão: Contribuir com a promoção da cidadania para os moradores do complexo de favelas do Alemão e demais contextos populares, prestando acolhimentos às demandas sociais, estimulando a autonomia, a participação comunitária e desenvolvendo metodologias que possam cooperar com as políticas públicas nas áreas de educação, saúde, empregabilidade, lazer e direitos humanos.
Eventos Públicos: Uma série de oportunidades educacionais para os moradores do Alemão de todas as idades. Frequentes oficinas de arte, debates e reuniões comunitárias.
Como Contribuir: EDUCAP solicita doações de alimentos, material escolar, papel, tinta spray e outros materiais para uso em programas de educação e arte. Também são bem vindas colaborações com organizações sociais locais e internacionais. Entre em contato com a equipe da EDUCAP pelo Facebook.

O Espaço Democrático de União, Convivência, Aprendizagem e Prevenção, conhecido como EDUCAP, é uma ONG comunitária localizada no Complexo do Alemão na Zona Norte do Rio de Janeiro. A educadora e organizadora, nascida e criada no Alemão, Lúcia Cabral, fundou a organização em 2008 para adotar uma gama de projetos com foco na saúde e educação dos moradores da favela. Nove anos depois, o EDUCAP ocupa uma colorida sede feita de contêineres empilhados na rua Canitar, construído em parceria com a Embaixada Britânica e inaugurada pelo Príncipe Harry. Lúcia tornou o EDUCAP um espaço de aprendizagem, eventos comunitários e parcerias produtivas com outras ONGs e projetos comunitários.

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